Arquivo de novembro de 2010
A Era Lula
A solidão dos últimos dias de poder parece não abater Luiz Inácio Lula da Silva. Com mais de 80% de aprovação popular, o presidente descerá a rampa do planalto na cerimônia de transmissão de posse com a dignidade de um governante que respeitou as instituições democráticas e conquistou a posição de um líder carismático numa concepção weberina, tamanha a capacidade de exercer influência e liderança sobre a população. Leia mais… »
Meirelles sai e os riscos aparecem
A presidente eleita, Dilma Rousseff, fez sua escolha: o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, se afasta, assumindo o cargo Alexandre Tombini. Há quem defenda a decisão da presidente, alegando que Meirelles não foi enérgico o suficiente com a redução da taxa Selic. O Brasil tem uma das mais altas taxas básicas de juros do mundo. É fato. Mas, é preciso enxergar o outro lado: o País tomou as decisões que lhe eram pertinentes e uma possível perda da autonomia do BC pode colocar o Brasil no risco da volta da inflação. Leia mais… »
A agenda das reformas
Nova presidente, nova bancada parlamentar e um desafio antigo: o desengavetamento das reformas. Na necessidade da transformação do estado brasileiro reside a maior expectativa para os novos mandatos do executivo e legislativo no período de 2011-1014, com a construção de novos arranjos institucionais e da criação de instrumentos que oxigenem a atividade produtiva brasileira. Leia mais… »
Estará próximo o Apocalipse?
“O Apocalipse está próximo”. Eis o título da matéria escrita por Renato Pompeu, para a revista Caros Amigos de 23 de abril de 2005. Na oportunidade registrou o aludido jornalista: “Ondas gigantescas no Pacífico, geleiras derretendo da África à Ásia, aldeias inteiras no Alasca e no ártico migrando para fugir do aquecimento de seus habitats, o primeiro furacão na história do Brasil, secas, tempestades e inundações de inusitada intensidade em diversos pontos do globo. Se as catástrofes sempre fizeram parte da história humana, nunca as previsões científicas nos aproximaram tanto como atualmente do apocalipse: a temperatura da terra está subindo aceleradamente, o nível do mar aumentando e, a continuar nesse ritmo, dentro de alguns anos as hecatombes farão parte do cotidiano dos homens até mesmo em lugares que pareciam a salvo da fúria da natureza. O esgotamento dos recursos naturais, principalmente da água doce, compõe a outra face da tragédia. Previsões indicam que, até 2050, uma entre quatro pessoas sofrerá com a falta de água. Como no aquecimento do planeta – provocado basicamente por atividades econômicas poluentes- é o modo de vida da sociedade pós-Revolução Industrial o grande responsável pela escassez de água potável. O desmatamento que ameaça a água é o mesmo que ameaça o clima, que, por sua vez, trará a morte das florestas, mudanças no regime de chuvas e de drenagem de solos e rios. Leia mais… »
O risco da desindustrialização
O Brasil está seguindo de marcha à ré. E o caminho inverso ao desenvolvimento que o País está fazendo tem nome: desindustrialização. O assunto esteve presente na campanha eleitoral, quando o candidato José Serra disse que o Brasil estaria vivendo este processo. Na ocasião, o Governo negou. Mas agora o Ministério do Desenvolvimento admite: o risco existe. Leia mais… »
Ficando para trás
Francis Fukuyama editou recentemente o livro “Ficando para trás”. A publicação reúne diversos artigos que abordam as razões do subdesenvolvimento da América Latina. Uma leitura obrigatória para entendermos o que motiva essa condição sócioeconômica, apesar da evolução de diversos países nos últimos anos, em particular do Brasil. Leia mais… »
Os desafios da nova presidente
Pelos próximos quatro anos, uma mulher chamada Dilma Rousseff assume o comando do Brasil. Mas, passadas as comemorações de pouco mais da metade dos brasileiros, que escolheram a primeira mulher presidente da história brasileira, Dilma tem grandes desafios pela frente. A carência de infraestrutura para escoar a alta produção do País é apenas o começo. O novo Governo se inicia diante da forte desvalorização do dólar e a falta de crescimento de grandes economias. Mais do que continuar o Governo Lula, a primeira mulher presidente do País terá que ir além do que se propõe para fazer valer o voto de cada cidadão. Leia mais… »
O prazer de viver com liberdade
Em seu primeiro pronunciamento logo após os resultados das urnas, Dilma Rousseff destacou preferir o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras, desmentindo os rumores de controle dos veículos de comunicação. A declaração deverá ser lembrada pelos próximos quatro anos como um compromisso a ser fiscalizado atentamente por todos os eleitores. Leia mais… »