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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Os desafios da nova presidente

Pelos próximos quatro anos, uma mulher chamada Dilma Rousseff assume o comando do Brasil. Mas, passadas as comemorações de pouco mais da metade dos brasileiros, que escolheram a primeira mulher presidente da história brasileira, Dilma tem grandes desafios pela frente. A carência de infraestrutura para escoar a alta produção do País é apenas o começo. O novo Governo se inicia diante da forte desvalorização do dólar e a falta de crescimento de grandes economias. Mais do que continuar o Governo Lula, a primeira mulher presidente do País terá que ir além do que se propõe para fazer valer o voto de cada cidadão.

O ano de 2010 foi de eleição e, como era de se esperar, foi também de mais um recorde de investimentos em campanha. O primeiro mandato da presidente eleita Dilma Rousseff já tem uma amarga conta de R$ 52 bilhões para pagar. O valor é apenas de investimentos bancados com dinheiro dos tributos e não há possibilidade de ser quitado até o fim do ano, ou seja, ainda na gestão Lula. Junta-se a isso os compromissos assumidos pelo Governo, como o aumento do salário mínimo e aposentadorias acima da inflação e a proposta de reajuste dos salários do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, que deve ultrapassar os R$ 6 bilhões, de acordo com cálculos da consultoria de Orçamento da Câmara.

Como se não bastasse, Dilma Rousseff encontra um Brasil em um momento um pouco mais tumultuado que o País da Gestão Lula. A falta de crescimento das maiores economias do mundo, devido à crise financeira mundial, afetará as relações comerciais brasileiras. Será preciso crescer sozinho, investir em nossa produção e, mais que isso, investir em infraestrutura para o escoamento e viabilidade desta produção. A nova presidente já se pronunciou sobre o fortalecimento do mercado interno, mas isso precisa estar atrelado à valorização do dólar, pois, com a queda da moeda americana, o produto nacional perde competitividade para o estrangeiro, que chega mais barato. E a redução da produção brasileira certamente acarretará na diminuição do número de empregos.

Um desafio e tanto para a candidata eleita por quase 56% dos eleitores. Desafio que passa ainda pela questão fiscal. Dilma já afirmou que não fará novos gastos e esperamos que isso signifique que não haverá criação de novos ministérios, considerando – e agora politicamente falando – que o PMDB, partido que se uniu ao PT e elegeu o vice-presidente, também brigará por uma boa fatia no bolo do Governo.

A noite de 31 de outubro foi de festa para muitos brasileiros que comemoraram o resultado das eleições, mas é bem verdade que esses eleitores depositaram em Dilma Rousseff a responsabilidade de continuidade do Governo Lula. Acontece que, diante do novo cenário que surge no Brasil e no mundo, na área econômica, a manutenção pura e simples das medidas adotadas pela atual gestão não servirá para conter os problemas que se aproximam. Dilma foi eleita para dar continuidade ao Governo Lula. Mas isso pode não bastar.

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