Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Inflação e eleições

É perfeitamente possível falar da dinâmica econômica de um País sem apresentar números concretos. O economista Delfim Netto tem feito isto com muita propriedade. Nesse contexto, compreendemos a definição da inflação como sendo o “consumo maior que a oferta”. Como a inflação interfere negativamente no poder de compra dos indivíduos, os próprios consumidores perdem esse poder e por via de consequência desaparecem.

Por outro lado, se a população deixa de comprar, a circulação do dinheiro cai, a economia não cresce e a consequência nefasta disto consiste no aumento do desemprego, que, por sua vez, diminui os investimentos empresariais e deságua em recessão e crise econômica inexoravelmente vinculada à crise social.

Cremos que a equipe econômica do governo Dilma está míope ou está fazendo de conta que a inflação não existe e não ameaça a economia brasileira. Entrementes, importa perquirir: e se o início do combate à inflação for tarde demais? Se isso acontecer certamente os números não poderão mais ser controlados por meio de instrumentos básicos – como o aumento da taxa de juros, redução de impostos, o incentivo às exportações e os consequentes planos econômicos.

Rememoramos o leitor que por muito tempo o Brasil conviveu com diversos planos econômicos que muitas vezes se tornaram nefastos em vez de benéficos. Eles, em sua maioria, como bem mostra Miriam Leitão em seu livro “A Saga brasileira”, combateram de modo ineficaz e apenas temporariamente a inflação. A exceção à regra foi o Plano Real, criado por FHC, o qual teve eficiência e que possibilitou a recuperação da economia brasileira. Sábio, o ex-presidente Lula não desperdiçou a herança bendita de FHC e ampliou o crédito, o qual possibilitou o crescimento da economia brasileira.

Doutra parte, a Presidenta Dilma herdou de FHC e Lula economias estáveis. E herdou de Lula um mercado consumidor eufórico. Sem sombra de dúvidas é este consumidor que está, possivelmente, contribuindo para a sua boa avaliação diante da opinião pública. Não há como negar que Dilma, corajosamente, reduziu os juros, inclusive, incentivou os bancos públicos a combaterem as altas taxas dos bancos privados. Ela não titubeou, apesar das consequências exógenas que poderão surgir, em reduzir a tarifa de energia elétrica, ações essas que tiveram o objetivo principal de manter a economia aquecida, além de ser, também, medida eleitoral.

Entrementes, apesar de todas essas ações da presidenta, a inflação ameaça ficar fora do controle, no caso, fugir da meta estabelecida. Ademais, o ministro da Fazenda tem utilizado instrumentos arcaicos para combater a ameaça do crescimento da inflação. Segundo a imprensa, ele conversou com prefeitos para adiar o aumento das tarifas de ônibus e se reuniu com empresários para cobrar a redução dos preços dos produtos, tudo em função da decisão tomada pela presidenta Dilma de extinguir a tributação sobre os produtos da cesta básica.

Estamos preocupados. Mas, temos esperança e expectativa de que, nos próximos meses, a taxa inflacionária mostre que não sairá fora do controle da gestora pública. Se sair, Dilma terá que aumentar os juros e acelerar os incentivos à produção de bens, e, fatalmente enfrentará em 2013 um crescimento similar ao de 2012. Ou seja, um PIBinho. Se a taxa de inflação se mantiver controlada, Dilma estará em condições confortáveis para disputar a reeleição. Caso contrário, outros candidatos podem aparecer, entre eles, Aécio Neves e Eduardo Campos.

Uma Resposta para “Inflação e eleições”

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