Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
Saiba mais.

Vale a pena

Histórico

Entre os piores trânsitos do país

O trânsito tem sido um dos principais problemas para quem almeja qualidade de vida nas grandes cidades do Brasil. Não é novidade que o recifense enfrenta, diariamente, longos congestionamentos e dificuldades no trânsito da cidade. A grande quantidade de veículos e a deficiência na malha rodoviária da cidade – e das vias que dão acesso – são responsáveis por colocar o Recife no ranking das cidades com os piores trânsitos do país, ocupando a terceira posição.

De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a frota da RMR passou de 846.535 veículos, em 2009, para 1.119.745, em 2013. Quase que um carro para cada 3 habitantes. O fato é que crescemos economicamente e junto com esse crescimento, o número de veículos também aumentou. Assim como São Paulo e Rio de Janeiro, o recifense tem desperdiçado mais tempo no trânsito do que o registrado em grandes cidades do mundo, como Nova Iorque, Tóquio, Paris, Madri e Berlim.

Recife ainda conta com outros problemas que prejudicam a mobilidade urbana, como exemplo, basta observar o que acontece com o trânsito da cidade quando somamos as chuvas com o excesso de carros nas ruas. A realidade que precisa ser compreendida é que não existe solução para o trânsito que não passe pela adequação do transporte público, que são caros para a qualidade de serviço que oferecem, desconfortáveis e pouco integrados com outros meios de transporte.

Inúmeros são os projetos de melhorias para as vias de tráfegos locais, mas poucos deles valorizam o transporte público, que funciona tão bem em países desenvolvidos. As soluções para os problemas no trânsito são conhecidas: é preciso ter faixas exclusivas para ônibus, expansão e integração do metrô, equilíbrio entre oferta e demanda de transporte público, além de qualificação dos veículos que fazem esse transporte.

Avaliar a possibilidade da implantação de rodízio de veículos é necessário. Contudo, para implantar um projeto como esse, é preciso fornecer aos cidadãos as condições de deixar os veículos em casa e se dirigir ao trabalho utilizando o transporte público. Ademais, os projetos que envolvem as ciclovias e ciclofaixas ainda estão engatinhando e precisam de muitas campanhas educativas a fim de evitar os acidentes.

O problema da mobilidade urbana não é de simples solução. Mas é preciso que sejam feitas ações com resultados eficientes e não apenas paliativos. Uma cidade com boa estrutura de mobilidade, não oferece apenas melhor qualidade de vida aos seus moradores, atrai, também, mais turistas e consequentemente mais investimentos.

Estamos em ano de Copa das Confederações, nos aproximando da Copa do Mundo, das Olimpíadas e, por que não lembrarmos, das eleições, que acontecem em 2014. Precisamos investir e cobrar dos nossos representantes políticos para que o Brasil continue se desenvolvendo não apenas economicamente, mas, acima de tudo, socialmente.

Deixe um comentário