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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Falta infraestrutura para tanta chuva

Os últimos dias no Recife têm sido de chuva. E, ao que parece, a história está apenas começando. O problema é que a água arrasta sujeira, derruba casas, engarrafa o trânsito. A chuva que caiu na Região Metropolitana do Recife causa transtornos às vezes irreparáveis. E os alagamentos mostram que a cidade não está, nem de longe, preparada para tanta água.

O problema está, sim, na falta de infraestrutura. E sempre esteve, aliás. A Codecir está nas ruas avaliando o tamanho do problema. Somente nesta semana, as chuvas atingiram fortemente grandes avenidas da RMR, a exemplo das redondezas do Centro de Convenções, Avenida Cruz Cabugá, Espinheiro, Avenida Mascarenhas de Moraes e Avenida Norte. O Recife Antigo também ficou intransitável.

E a Codecir está nas ruas. O órgão faz o levantamento da situação para posteriormente tomar as medidas cabíveis. Medidas que, no entanto, deveriam ter sido tomadas antes. O problema das chuvas é previsível. Todos os anos o é. O período traz ainda complicações no fornecimento de energia elétrica e na segurança da população que mora nos morros do Recife.
A saída da Prefeitura foi descolar mais de 100 guardas patrimoniais para fazerem o monitoramento do tráfego, aumentando o efetivo de agentes de trânsito para 450 homens. O policiamento do Batalhão de Trânsito (BPTran) também será reforçado nas principais vias. Além disso, baterias portáteis começaram a ser instaladas na rede de semáforos pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). Serão 40 equipamentos. E ainda houve reforço das ações de combate a alagamentos. A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) ampliou sua equipe de 150 para 200 homens, trabalhando na limpeza de galerias, operação tapa-buraco, iluminação pública e poda de árvores.

É pouco. As ações são emergenciais, como tudo no Brasil. O País precisa agir antes dos problemas ocorrerem. Problemas, sim. Somente nesses últimos dias, caíram árvores sobre casas e automóveis, o canal Derby-Tacaruna transbordou, deixando alagado o trecho da avenida Agamenon Magalhães no Parque Amorim. As chuvas já ultrapassaram a média do mês de abril em 22 milímetros. De acordo com o Instituto de Meteorologia de Pernambuco (Inmet), já choveu 92.2 mm no Grande Recife, o que elevou o acumulado do mês para 439.9 mm. Para se ter uma ideia, no ano passado, em todo o mês de abril choveu 273.3 mm. A média geral para o mês, que era de 325.7 mm, já foi superada.

Em Jaboatão dos Guararapes, foram mais de 70 ocorrências computadas, incluindo 46 deslizamentos de barreiras, 11 pedidos para reposição de lonas plásticas, três alagamentos, uma vistoria em barreira, duas vistorias em casa, duas vistorias em muro, uma inundação, três desabamentos de casa e dois desabamentos de muro. Até o momento, graças a Deus, não houve registro de vítima fatal. Em Olinda, esta semana, foram registradas pela Defesa Civil da cidade ao menos 30 ocorrências, sendo 20 colocações de lona, uma reposição de lona, uma vistoria de barreira, dois deslizamentos de barreiras e seis cortes de árvores.

Todas medidas emergenciais. O Recife aclama de ações preventivas. A engenharia da cidade precisa funcionar, seja com drenagens ou contenções de encostas. A manutenção dos canais de macrodrenagem deve ser mais eficaz para evitar o alagamentos. Os últimos dias foram de caos na cidade, pelo andar da carruagem, a tendências é que novas medidas precisem ser tomadas. E todas, infelizmente, emergenciais.

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