Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Estado e eleições

O desenrolar da eleição presidencial no Brasil tem contrariado o axioma de analistas políticos de que a economia decide o voto. Temas de ordem moral como o aborto e a religião forçaram um segundo turno na decisão sobre o próximo chefe do Executivo e pautam agora o debate entre os dois candidatos, colocando em segundo plano questões conjunturais sobre o futuro do País.

Com isso não pretendo negar que os presidenciáveis devam tornar público, com transparência, suas posições acerca de diversos temas do interesse do eleitorado, sejam eles de âmbito moral, econômico, social ou político. No entanto, temas ligados às áreas institucionais e econômicas deveriam ser debatidos com mais profundidade durante uma disputa para a Presidência da República. O futuro de qualquer nação depende da dinâmica econômica. Caso determinado país não tenha um estado eficiente ou uma economia pujante, o desenvolvimento socioeconômico não ocorrerá com a intensidade necessária.

Um tema que sempre vem à tona nas eleições para a Presidência da República é a privatização. O assunto tem dividido a sociedade brasileira entre os “bons” e os “maus”. Os candidatos do “bem” são aqueles que defendem a estatização. Os candidatos do “mau” são os que defendem a privatização. No entanto, todas as empresas privatizadas, a maioria delas que dava prejuízo ao estado, estão em melhores condições e produzindo muito mais do que quando eram estatais.

Urge enfatizar que o debate sobre privatizações precisa ser franco, transparente e inteligível para a opinião pública. Desse modo, ao discutir privatizações, os candidatos precisam esclarecer para a sociedade qual o estado que eles defendem. Se o estado deve intervir fortemente na economia, se as empresas estatais ineficientes devem ser privatizadas, se o estado deve cortar gastos e investir fortemente em infraestrutura e políticas sociais, etc. Isso não vem sendo feito.

Fala-se que o Brasil adotou, em dado momento da história, a política neoliberal, com a abertura da economia e as privatizações, que contribuíram decisivamente para o fim da inflação, a conquista da estabilidade monetária e a construção da eficiência estatal.

Apesar da resistência da classe política, é necessário debater o estado brasileiro em profundidade e em todas as épocas. Não apenas em períodos eleitorais. Eu defendo que o Estado brasileiro provenha serviços públicos para o atendimento das demandas sociais. Jamais uma Máquina grande, inerte e inchada. A importância do Estado para a sociedade não deve ser reconhecida em virtude do seu tamanho, mas da sua eficiência e eficácia.

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