Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
Saiba mais.

Vale a pena

Histórico

A morte de um tirano e a reconstrução de um país

Não deixa de ser irônico o fim de Muammar Gaddafi, achado em um buraco, assim como Saddam Hussein – ambos ditadores sanguinários, que, por muitas vezes, decidiam quem deveria viver ou morrer.
Gaddafi foi um tirano selvagem e corrupto. Acusado de crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional, em sua lista de malfeitos constam assassinato, estupro, terrorismo e roubo de bilhões de dólares em detrimento do povo líbio. Dinheiro pulverizado em paraísos fiscais, empresas amigas, países-sócios e nos cofres da família.

Sua derrota e morte provocaram comentários diversos de líderes mundiais. Ao contrário de Barack Obama que declarou – ‘’ A sinistra sombra da tirania foi dissipada’’-, a presidente Dilma se manifestou dizendo que não se pode comemorar a morte de qualquer líder. Acerta a presidente, ao não apoiar o revanchismo e assassinato – que talvez tenha ocorrido em circunstâncias ainda não esclarecidas – e, indiretamente, ao não aprovar a atuação da OTAN e dos insurgentes líbios que parece ter desconsiderado um princípio basilar do direito – levar a julgamento e respeitar o exercício do contraditório. Afinal, o desrespeito às leis é o que separa as tiranias das democracias. Não se pode fazer justiça por mão própria.
Excetuando as condições de sua morte, é inegável o efeito de pôr fim à guerra Líbia entre os opositores e os fiéis ao ditador e introduzir no mundo árabe, onde sempre predominou o radicalismo islâmico na forma de governo, os valores democráticos pós-Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade –. Espera-se, também, que os líbios se inspirem no modelo de transição da vizinha Tunísia – que elege neste domingo parlamentares constituintes na melhor forma democrática.
A Líbia é um país rico que precisa ser reconstruído, criar um Parlamento, definir uma Constituição e eleger democraticamente um presidente que lidere a reconstrução e a retomada da produção de petróleo e gás – sua maior fonte de recursos-, algo estimado em US$ 70 bilhões antes da guerra. Recursos cobiçados por países ricos e emergentes, que calaram diante dos crimes e barbaridades do tirano, para disputar os dólares líbios. Estes países, no qual se inclui o Brasil, tem o dever e responsabilidade de apoiar e ajudar na reconstrução e no futuro da Líbia.

Deixe um comentário