O Governo do Estado de Pernambuco está falando mandarim. Não que o órgão tenha aprendido, de fato, a língua oficial chinesa, mas representantes do governo estão na China prospectando negócios, conhecendo o mercado, enfim, trazendo possibilidades de investimentos daquele país para nosso estado. Embarcados na Missão Empresarial da Fecomércio-PE, os participantes estão apresentando na China o que Pernambuco tem de melhor. E já não era sem tempo.

Durante todo este mês, empresários pernambucanos e entidades do estado participam da maior feira internacional de importação e exportação do mundo, a Canton Fair. Produtos e serviços de todo o mundo estão neste evento, e Pernambuco, o estado que apresenta o maior aceleração do PIB no Brasil, não poderia ignorar esse avanço.

A Secretaria de Governo do Estado levou pelo menos 300 cartas de apresentação. São 300 novas possibilidades de negócios em solo pernambucano. Um exemplo de fruto que pode vir a ser colhido com a missão da Fecomércio-PE é a montadora chinesa BYD, que já tinha interesse no Brasil e pode vir a se instalar em Pernambuco. Questões de incentivo Pernambuco tem muito a oferecer. As desonerações tributárias para estimular a unidade automotiva (Proauto) consistem num grande atrativo, e os chineses da indústria estão otimistas quanto ao Porto de Suape.

Outro bom exemplo está em cidades de Pernambuco que também começam a despertar para o crescimento econômico do estado. Condado, na Zona da Mata Norte, também participa da Canton Fair. O prefeito Edberto Quental prospecta negócios para o município pernambucano, prospectando negócios com diversos tipos de indústrias, principalmente indústrias de embalagens de medicamentos. Esse tipo de indústria em Pernambuco faz todo sentido. Temos o pólo Petroquímico naquela região. É o cartão de visita que Condado e outros municípios vizinhos têm a apresentar.

É importante registrar que o Brasil acordou para e importância da economia chinesa, que tem a maior população do mundo, e um público consumidor em constante expansão. Os pernambucanos também perceberam que podem fazer bons negócios com o país do mandarim. Estamos estreitando relação com o país que hoje é o maior comprador do Brasil, principalmente depois da última crise financeira mundial, na qual os EUA perderam mercado para o país asiático.

Pernambuco está na China. Agora esta fincando os pés naquele país continental de maneira mais sólida. Que venham os novos negócios. Que as 300 cartas de apresentação de nosso estado possam se transformar em documentos em mandarim. Estamos no país cuja economia avança, aprendendo como se comunicar com os asiáticos que mais crescem no mundo. Estamos no lugar certo, e na hora oportuna. E os nossos colegas orientais estão entendendo exatamente o que queremos dizer.