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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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A crise lá, os cuidados aqui

A China rebaixou a nota da dívida dos Estados Unidos de A+ para A. No Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ironizou a decisão tomada pela agência chinesa de classificação de risco Dagong Global. E faz todo o sentido. Os chineses são os principais credores do país americano e, com esta atitude, estão desvalorizando os próprios títulos que possuem. Mas o problema é maior. A verdade é que o Tio Sam não vai bem, e isso afeta todo o mundo.

Esta semana, o Congresso americano aprovou o aumento do teto da dívida americana de US$ 14,3 trilhões para US$ 15,2 trilhões. O projeto prevê cortes de gastos de US$ 917 bilhões, e o presidente americano, Barack Obama, destacou que a medida permitirá uma redução do deficit público do país de US$ 3 trilhões. Os Estados Unidos garantem que os cortes não serão bruscos de maneira a prejudicar mais a economia. Mas até novembro, o Congresso deverá criar um comitê bipartidário para cortar mais de US$ 1,2 trilhão a US$ 1,5 trilhão.

O país não deverá crescer nos próximos anos. A recuperação será lenta, e a conta será paga por todo o mundo. Os maiores compradores do país americano são a Alemanha e a China. O primeiro tem sustentado a economia europeia, e a China é a maior potência em expansão, que tem segurado o mundo, de certa forma.

No entanto, acredita-se que o impacto para países emergentes não será tão intenso. Ao menos no Brasil, o governo está se movimentando para tomar as precauções necessárias, e evitar maiores impactos aqui. Acontece que não se pode ficar isolado da economia mundial. E o Brasil não tem condições de fingir que os EUA não têm importância em nosso cenário econômico.

Aliás, a relação Brasil versos EUA estava caminhando bem. Recentemente, o presidente Barack Obama afirmou, em um fórum para empresários americanos e brasileiros, que o Brasil se tornou uma economia importante globalmente e,portanto, deveria ser tratado com a mesma relevância de grandes parceiros do país americano, como China e Índia.

Mas hoje eles estão em crise, e o Brasil não pode acreditar que está imune aos efeitos dessa fase. O Brasil tem crescido e – concordando com Barack Obama – hoje somos, sim, um país em potencial. Mas longe de nós acharmos que a turbulência que acontece na maior potência mundial não respingará em solo brasileiro. Como já diziam, cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

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