Cuba e a volta da propriedade privada
Ontem falei aqui sobre os arroubos totalitários de Evo Morales, cujo governo passa a deter o controle de 67% da radiodifusão na Bolívia, colocando em risco a liberdade de expressão naquele país. Seus comparsas políticos Rafael Correia, do Equador, e Hugo Chávez, da Venezuela, seguem a mesma cartilha ditatorial, com patrulhamento ideológico em nome de uma suposta revolução bolivariana na América Latina. Mas enquanto isso, Cuba, símbolo da resistência socialista, parece seguir o caminho inverso. Ontem o parlamento cubano aprovou reformas que incluem a volta da propriedade privada à ilha, 54 anos depois da revolução. Os cubanos vão poder, a partir de agora, comprar moradias pela primeira vez depois de cinco décadas. A compra de mais de um automóvel também será permitida, bem como a autorização para a abertura de pequenos negócios e viagens ao exterior serão facilitadas. Para estimular a recuperação econômica da ilha, as reformas vêm sendo defendidas pelo presidente Raúl Castro desde 2008, quando recebeu o poder das mãos do irmão, Fidel, afastado por problemas de saúde.