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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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O desperdício de alimentos e a fome

Um especialista do Banco Mundial afirmou, recentemente, que o aumento da pobreza mundial está diretamente ligada ao desperdício de alimentos. A lógica para o entendimento dessa afirmação é simples: lei da oferta e da procura. Quanto mais comida as pessoas desperdiçam jogando fora, mais caros ficam os alimentos e as famílias se vêem obrigadas a gastarem mais com comida e menos com outras atividades, como educação.

No mundo cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; existem 1 bilhão de analfabetos; 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres; 1,5 bilhão de pessoas vivem sem água potável; 1 bilhão de pessoas passando fome e mais de 840 milhões de famintos. Diariamente, vemos propagandas sobre economia de água e de energia, no entanto, não acompanhamos campanhas contra o desperdício de alimentos.

Em 2013, cerca de um terço de todos os alimentos produzidos para consumo humano foi perdido ou desperdiçado. Isso significa aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas, totalizando 750 bilhões de dólares anuais ou 2 bilhões de pessoas a mais que poderiam estar sendo alimentadas. A maior parte desse desperdício acontece nas fases de pós-produção, como colheita, transporte e armazenamento.

Sem dúvidas, não existe consciência sobre isso, nem nos países mais ricos. Há consciência para produzir mais alimentos, visando atender o consumo, mas não para melhorar o desperdício de alimentos, sobretudo através de conscientização e educação. Claro que não podemos culpar apenas a falta de conscientização como causa para o desperdício de alimentos. Nos países em desenvolvimento, o desperdício dos alimentos é relacionado à infraestrutura inadequada, enquanto nos países mais desenvolvidos o problema ocorre durante as fases de comercialização e consumo.

E assim, voltamos a um problema já conhecido por todos nós: a falta de infraestrutura. Para reduzir as perdas de alimentos, melhorando os índices e resultando também em benefícios econômicos para o País, é preciso investir mais em diversas áreas, como portos, estradas, armazéns e transportes refrigerados para a melhor conservação dos produtos. Além disso, faz-se necessário investir também na melhoria da informação como forma de conscientização.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), apesar de ser a região que menos desperdiça no mundo, com 6%, a América Latina “joga fora” todos os anos 80 milhões de toneladas de alimentos, ou seja, 15% de sua produção anual. O Brasil já foi premiado por ter reduzido a fome antes do prazo de 2015, estabelecido pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que em sua primeira meta previa a diminuição, pela metade, da proporção de pessoas com fome. Mas, isto ainda é pouco. Precisamos acabar com a fome e a pobreza em sua totalidade.

Uma Resposta para “O desperdício de alimentos e a fome”

  • MARCELO ALMEIDA:

    Sem sombra de dúvida, a Infraestrutura é um dos maiores gargalos que temos, contudo fica difícil, montar uma INFRAESTRUTURA em um país continental como o nosso em tão pouco tempo, a herança que os atuais gestores pegaram, são enormes….um pequeno exemplo disso, é que pouca gente do Brasil, Viajava de Avião, e a pouco tivemos um estouro, resultado do aumento da classe média, nossa tecnologia agrícola se supera a cada ano, com isso batemos recordes atrás de recordes em toneladas produzidas na agricultura.
    Mais infelizmente não se resolve isso com varinha de condão, refazer um malhar viária e férrea em nosso país continental é um desafio grande, envolve tempo, estudos ambientais, sem falar no montante de dinheiro.
    Nossos portos estão sendo modernizados, nossa infraestrutura em energia, está sendo aumentada, mais muitos querem embarreirar, até a transposição do Rio São Francisco, teve gente fazendo greve de fome, é muito difícil fazer as coisas acontecerem em nosso pais, enquanto existir esse modelo político doente que temos, onde só fazem as coisas na pressão e quando fazem fazem mau feita, não iremos progredir.
    Nossas centrais de armazenamentos, estão com a capacidade a muito defasada, os investimentos são mínimos….os desperdícios dessas centrais, dariam pra alimentar todos os asílos e casas de apoio, que existem em seus estados sede.

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