Disputa de Interesses
Professores mal remunerados e um sindicato dividido politicamente. Em meio a disputas de interesses, sobra para mais de 1 milhão de estudantes, que estão sem aula a quase dois meses, na maior greve da rede estadual pernambucana dos últimos 10 anos. Já o prejuízo social e econômico envolvendo a paralisação é incalculável, sobretudo a longo prazo. Em um estado que tem os mais baixos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ibed), o governo se vê às voltas com problemas como defasagem salarial dos docentes e a restauração de escolas que ameaçam desabar, assuntos relacionados a orçamento e infra-estrutura. Deveria ser de exclusiva responsabilidade destas pastas a buscas de soluções para os problemas citados. Com isso, o staff da Secretaria de Educação poderia se dedicar à elaboração de melhorias dos projetos didático-pedagógicos, que hoje acabam ficando em segundo plano. E sem plano algum fica o futuro dos nossos jovens e de nosso País.
Corporatismo estremado e partidarização do movmento sindical de um lado, falta de habilidade nas negociações a baixa estrutura de governança de outro; este é o quadro pós-greve, que expressa o desenho da educação no estado. Seu comentário é bastante pertinente, sobretudo quando aponta a necessidade da formulação de um novo planejamento político-pedagógico, com metas e mecanismos de avaliação de desempenho, num médio e longo prazo.