Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Uma nova casa de cultura na Paraíba

Ao inaugurar a unidade da Faculdade Maurício de Nassau do Grupo Bureau Jurídico na capital paraibana, como primeira localidade a receber uma filial da instituição, vejo, ao lado de um sonho realizado, um desafio a ser cumprido. É que a Faculdade Maurício de Nassau têm se notabilizado por oferecer um ensino de qualidade, privilegiando um conhecimento crítico/reflexível. Ou melhor: tem como objetivo o primado da educação. Educar não é reproduzir conhecimentos. É permitir a aquisição de conhecimentos para serem exercitados no mundo da vida. Daí o seu caráter marcadamente ético, que exige o reconhecimento do educando no processo dialético e recíproco da aprendizagem. Uma proposta desta magnitude não se faz por acaso, ao sabor de improvisos. Faz-se a partir de uma filosofia institucional que, para sua concretização, prima pela excelência do seu corpo docente, constituído por doutores, mestres e especialistas e pelos caracteres humanistas de suas respectivas formações.

Estas as razões pelas quais a Faculdade Maurício de Nassau haver-se tornado a maior e mais importante faculdade particular do estado de Pernambuco, em apenas 4 anos de existência. Hoje, conta com mais de 36 cursos de graduação, além de inúmeros programas de pós-graduação em diversas áreas e cerca de 14 mil alunos.

O desafio, resulta do propósito firme da instituição – dos seus dirigentes, professores e funcionários – em manter a excelência do ensino, da pesquisa e da aprendizagem. Do ponto de vista crítico-prospectivo, enquadrada no contexto da valorização da cultura local, mas com os olhos voltados para o mundo; ou , para a sociedade pós-moderna, ou pós-industrial; ou, ainda para a sociedade informacional, como apontam os teóricos contemporâneos.

Sociedade que está em pleno processo de rupturas ou de passagens de paradigmas; que destroem as certezas do passado e apontam para as incertezas do futuro. É justamente diante desta realidade que se ressalta a frase de Ilya Prigogine: “não podemos prever o futuro, mas podemos prepará-lo”.

E o que deve fazer uma instituição de ensino, senão pautar-se numa ética da discussão, numa ética do futuro que, pressupõem um olhar não apenas para as gerações presentes “mas também os nossos filhos, as gerações futuras, pressupondo que as sociedades humanas começam por aumentar as suas capacidades de antecipação, de prospectiva, de visão a longo prazo”, como diria Jérôme Bindé.

E me recordo de uma visão emblemática descrita por Gabriel Garcia Márquez: “não esperem nada do século XXI. O século XXI é que espera de vós”.

Considerando o passado, como reserva privilegiada na construção do futuro, para Platão, a idéia do bem era o sol, imortalizada na alegoria do mito da caverna. Para nós nordestinos, paraibanos como eu, do sertão do Piancó, é a luz, tal como imortalizada no romance de José Américo de Almeida – a Bagaceira- , que abre a fase modernista da literatura nacional.

Cidades nordestinas inundadas de sol, flutuando na luz, que resplandece como a cal do casario branco, dourado pelo sol montanhês, toda ensolarada. Segundo Cavalcanti Proença, nota-se, neste extraordinário romance, “a convergência de quase todas as palavras significantes numa única idéia: a luz”.

Que a luz tropical/sertaneja se alargue de claridades poentes; que o luar sertanejo – “tão claro que as cigarras se enganam, pensam que é dia, e cantam”- nos iluminem para que, juntos, possamos honrar as nossas tradições artísticas e culturais, desenvolver uma educação de excelência e de qualidade; para que possamos “apreciar a amplitude dos desafios do século XXI e a diversidade das observações que sobre eles podemos fazer.”- Koïchiro Matsuura.”.

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