Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Antecipação da competição eleitoral

É lugar comum afirmar que o início das campanhas eleitorais no Brasil ocorre muito antes do tempo. Tal afirmação é verdadeira e se realiza em virtude de várias razões básicas, dentre elas o calendário eleitoral e a pressa para definir os apoios eleitorais. Estas razões encarecem, sobremaneira, as campanhas, prejudicando, inclusive, os próprios candidatos.

Em face ao calendário eleitoral e para estarem aptos a concorrer a eleição majoritária ou proporcional de 2014, candidatos precisam definir as suas respectivas filiações partidárias até o dia 30 de setembro de 2013. Diante desta exigência do arcabouço institucional eleitoral, as negociações políticas antecedem em mais de ano o período eleitoral oficial. Nessa perspectiva, a filiação partidária acontece de modo simultâneo com a busca de apoios. Prefeitos, deputados, vereadores e lideranças de vários segmentos são os alvos prioritários dos candidatos que pleitearão por um cargo na próxima legislatura.

No embate eleitoral não existe espaço para amadores nem tampouco para os inertes. Assim como no Direito, no campo político o tempo não socorre aqueles que dormem. A célebre frase “quem tem tempo na política, não tem pressa”, não deve ser levada a sério pelos vencedores. Na política a pressa pode ser inimiga da decisão eficiente. Entrementes, ela é necessária, pois os tempos e as condições dos candidatos são díspares. Alguns competidores são mais rápidos do que outros no processo de negociação e na tomada de decisões, esses serão favorecidos no embate eleitoral. Já aqueles vagarosos, têm grandes possibilidades de fracassarem na disputa eleitoral.

Mas, a pressa na política não deve esconder ou colocar em segundo plano as discussões públicas. Tais discussões representam o debate em torno de temas de interesse dos eleitores. O candidato, ao vencer o pleito eleitoral, se transforma em representante legítimo da população e desta forma, ele precisa pautar o seu mandato na defesa dos interesses do bem comum. Obviamente, no ambiente democrático o consenso não é a regra. Portanto, a defesa das ideias, as quais representam para um parlamentar o bem coletivo, pode não representar para outros. Infelizmente.

Contudo, independente das contradições típicas da arena democrática, os competidores não podem desprezar a formulação de ideias e deixar de fomentar o debate acerca dos principais problemas da comunidade onde ele está inserido. Não se vence uma disputa eleitoral apenas com os apoios de prefeitos, deputados, vereadores e lideranças comunitárias. Existem eleitores que são descompromissados com os atores institucionais citados, mas são os eleitores que consubstanciam o voto de opinião. Estes estão à procura de ideias e de propostas concretas, reais e plausíveis para a sociedade.

Nessa perspectiva, é válido realizar uma indagação provocadora: qual seria o tamanho do eleitorado que não sofre influência direta de prefeitos, deputados, vereadores e outras lideranças? Indagação científica de difícil resposta. Porém, se observarmos atentamente a transformação socioeconômica ocorrida no Brasil desde os idos de 1994, com os adventos da estabilidade monetária, do aumento do consumo e a melhoria dos indicadores sociais, achamos que o posicionamento e o apoio de determinados políticos para as candidaturas de competidores eleitorais são importantes, mas, não são suficientes para garantirem o sucesso eleitoral dos mesmos. Os eleitores de hoje são mais politizados, conscientes, independentes e autônomos, e, raramente aceitam opiniões de lideranças.

Não erramos em afirmar que boa parte dos eleitores estão ávidos para participarem do debate de ideias acerca dos problemas que mais lhes afligem. Os candidatos que tem as melhores ideias e as melhores propostas, desde que não sejam utópicas, estão muito mais propensos a se beneficiarem com o voto do eleitor de opinião. É que a maioria do eleitorado está preocupado em saber o que os parlamentares podem contribuir para a melhoria dos problemas da comunidade em que estão inseridos. Desta forma, os candidatos de 2014 não podem hesitar em pensar e debater a sua cidade, seu estado e o próprio Brasil, e, por via de consequência, em oferecer propostas concretas para a melhoria do bem-estar da sociedade.

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