Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
Saiba mais.

Vale a pena

Histórico

Crescimento só com redução de gastos

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal está comprometido. E o motivo são os altos gastos públicos. O governo central (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central) não conseguiu cumprir a meta de superávit primário para até o segundo quadrimestre do ano, período de janeiro a agosto. O problema é que o PAC já não vem cumprindo seu calendário e trata-se de um dos assuntos mais urgentes do País: infraestrutura.

Mesmo com a redução da meta para o período, de R$ 40 bilhões para R$ 30 bilhões, o resultado primário do governo central ficou em torno de R$ 29 bilhões no período, o que equivale a 1,29% do Produto Interno Bruto (PIB). O aumento das despesas do Governo já é maior do que entre janeiro e agosto do ano passado, quando foi necessário justamente ampliar as despesas do setor público e adotar a desoneração tributária, para conter os problemas causados com a crise financeira mundial e estimular o crescimento da economia do País.

Mas faltou planejamento. A má gestão do Governo federal acarretou no atraso do PAC e, como consequência disso, pelo menos 60 obras serão herdadas para a próxima gestão. O programa, lançado em 2007, tinha até o fim deste ano para entregar os empreendimentos, no entanto, considerando que existem projetos que sequer foram iniciados, é certo dizer que a meta não será atingida. Como se não bastassem as ações judiciais e questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), sobre os recursos direcionados ao programa, o Governo federal mete os pés pelas mãos e gasta além do previsto.

Recentemente, o Governo multiplicou o orçamento e os cargos da Presidência da República, cujo orçamento passou de R$ 3,7 bilhões, em 2002, para R$ 9,2 bilhões este ano. O quadro de pessoal do Planalto também aumentou, no mesmo período, em cerca de 250%. Certamente o inchaço tiraria o dinheiro de outras importantes áreas de investimento do País. E foi o que ocorreu. Pior que isso, os altos gastos do Governo deixarão consequências para a próxima gestão, o que dificultará o novo Governo de cumprir com novas metas e compromissos.

O resultado de todas essas despesas foi mexer nos investimentos do PAC, o principal programa de infraestrutura do País. A locomotiva anunciada e prometida pelo Governo federal, que achou pouco e já lançou o PAC 2, segunda versão do projeto. Mas antes de tomar essas decisões, o Governo precisa aprender a reduzir os gastos. De nada adiantará anunciar novos planos de crescimento quando sequer se consegue cumprir metas de superávit primário. O Brasil necessita urgentemente de aprimoramento em infraestrutura, mas é preciso ter base para crescer.

Deixe um comentário