Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
Saiba mais.

Vale a pena

Histórico

Ritmo quase chinês

A economia pernambucana está em seu melhor momento. A frase parece clichê, mas os números comprovam e mostram que ainda há espaço para expandir, apesar das dificuldades. Pernambuco cresce mais que a média do país e também estamos à frente de grandes economias mundiais. Problemas? Temos muitos. A carência de qualificação de mão de obra é um exemplo. Mas o ritmo de crescimento é acelerado. E, com tantos empreendimentos estruturadores aportando em solo pernambucano, não há espaço para pessimismos.

A Agência Condepe/Fidem divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco cresceu 5,7% no primeiro semestre deste ano, enquanto no Brasil a média foi de 3,6%. As boas notícias não param aí. Os nossos números ainda são melhores do que os da Rússia (3,4%), Chile (1,4%), África do Sul (1,3%), Estados Unidos (0,2%) e União Europeia (0,2%). Neste caminho, a expectativa é de que o PIB de Pernambuco atinja a marca de 6% no segundo semestre, acima da média nacional, que deve ser de 4%. Para 2012, a agência ainda é mais otimista. E não há como não ser. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a produção industrial diminuiu em nove dos 14 locais pesquisados, entre maio e junho deste ano. Enquanto isso, em Pernambuco foi registrado um crescimento de 4,8%. Ficamos na segunda colocação entre os acréscimos, atrás apenas da Bahia (5,6%). A Região Nordeste expandiu 0,5%.

Difícil afirmar que estamos em ritmo chinês, como alguns garantem. No primeiro semestre, a China apresentou um crescimento de nada menos que 9,5%. Mas o destaque de Pernambuco é, ao menos, animador. Estamos crescendo em todos os setores analisados. Mas sem dúvidas, é a Indústria que puxa a nossa locomotiva. No período analisado, o crescimento foi de 8,6%. Junta-se a isso a notícia de que novos negócios estão sendo fechados no estado, a exemplo da Fiat, que se instalará em Goiana. Mais uma vez, vamos aos números: o setor que apresentou o maior crescimento em Pernambuco, entre abril e junho deste ano, foi o da construção civil. A expansão foi de 8,6%, na comparação com mesmo período de 2010. E ainda não se pode desprezar o aumento do poder de compra e o desenfreado consumo da classe média brasileira, com reflexos a olhos vistos em nosso estado.

O Governo Federal reconhece. A presidente da República Dilma Rousseff, em visita recente ao estado, declarou que o nosso bom momento econômico é visível. Disse ainda que o Brasil conseguiu enfrentar a crise de 2008 com solidez, e Pernambuco tem grande parcela de contribuição neste sentido. De fato, nossa economia causa admiração. Trata-se não apenas da chegada de novos investimentos, mas podemos ainda considerar a baixa taxa de desemprego, aliás, abaixo da média nacional, e a nossa a taxa de inadimplência. Ainda temos que cuidar da redução dos impostos, um problema nacional, e nossa falta de qualificação para ocupar as vagas que surgem.

É cedo para comparações com o país chinês, mas ao menos os olhos dos pernambucanos estão bem abertos. Ainda falta mão de obra qualificada, mas não temos tempo de frear o crescimento. É preciso caminhar junto com economia e educação. As oportunidades estão chegando em cargas pesadas, e o estado encontrou uma maneira de pegar o bonde em movimento. Sim, estamos trocando o pneu com o carro andando, e criando competência para bem saber fazê-lo.

Deixe um comentário