Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Quebra de confiança

Conquistar o voto do eleitor. Isso é o que move os candidatos aos cargos políticos no período eleitoral. Contudo, a conquista do voto vai muito além da apresentação de propostas em campanhas repletas de músicas e distribuição de santinhos pelas ruas. É preciso conquistar a confiança do eleitor.

O Brasil não tem um histórico de referências positivas na relação de confiança entre político e eleitor. A grande maioria dos candidatos promete as mesmas coisas ao eleitorado: saúde, educação, segurança e infraestrutura, mas depois que acabam as eleições, esquecem do povo e esse mesmo povo, por muitas vezes, esquece em quem votou e assim o ciclo continua, até a chegada do próximo período eleitoral.

Em alguns casos mais graves e conhecidos por todos, a relação entre os já citados sofre com a quebra de confiança e o agravo do quadro resulta no “impeachment”, como no caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello e até do ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, que foi condenado em julho deste ano por ter, enquanto ministro de Indústria e Comércio, em 2006, beneficiado projetos de amigos íntimos.

Voltando ao Brasil, quando o eleitor decide pelo seu voto, ele está depositando sua confiança no candidato que apresentou as propostas que, de alguma forma, foram mais convincentes ou iriam beneficiar a comunidade do eleitorado. O problema se inicia após as eleições, quando o governante não consegue cumprir as promessas feitas seja porque não há verba suficiente ou simplesmente era inviável.

A confiança não é um sentimento que se conquista da noite para o dia, mas deve ser trabalhada ao longo do tempo e com muita demonstração na atitude diária. É uma construção que precisa de continuidade. Assim foi com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem sido com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Ambos fizeram e cumpriram as promessas do período eleitoral, mantendo assim um alto índice de aprovação e contribuindo para o desenvolvimento do país.

Em um país onde a política virou, para muitos, profissão, as relações interpessoais são definitivamente a imagem de quem você é e, logo, ser confiável significa solidez. Atentos leitores, caras leitoras, saibam que a confiança é fundamental para a construção de uma política sólida e eficaz. E neste caso, a velocidade e o tempo para a construção de confiança são inversamente proporcionais a perda desta.

O Brasil é uma república. A palavra república vem do latim “res publica” e significa “coisa pública”, que é de todos. Apesar de ainda engatinharmos na democracia, a confiança é o “coração” do ideal republicano. Infelizmente, o Brasil tem sido alvo constante da corrupção, e o principal prejuízo causado por esta é a quebra de confiança. Seja a confiança de uma pessoa na outra, seja a confiança nas autoridades e nos demais representantes da sociedade.

Prezados, sem confiança não há república. Não podemos permitir que o Brasil seja uma república apenas no nome. E o primeiro passo para isto é votar consciente.

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