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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

De volta à 7º potência

Recebemos a notícia que o Brasil perdeu o posto de 6ª maior economia do mundo. De acordo com a Economist Intelligence Unit (EIU), responsável pelo levantamento dos dados e ligada à revista The Economist, nosso País foi ultrapassado pelo Reino Unido e só voltará a ultrapassar a economia britânica em 2016.

Apesar de acreditarmos que esse fato não aconteceria, todos os indicativos foram desfavoráveis ao Brasil. A desvalorização do real em relação ao dólar aliada ao pífio crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a falta de investimentos do Governo Federal – só foram investidos aproximadamente 50% do orçamento previsto para 2012 – foram decisivos para a queda no ranking.

Em texto anterior escrevi sobre o baixo crescimento do Brasil. Economicamente, o País cresceu apenas 0,7% de janeiro a setembro deste ano, enquanto o Reino Unido registrou estagnação no período. A expectativa é que a economia brasileira não atinja 1,5% até o final do ano. O baixo ritmo da atividade econômica brasileira foi decisivo para que a diferença entre Brasil e Reino Unido, que era até então a 7ª potência, passasse dos US$ 200 bilhões.

Nos dois primeiros anos do governo Dilma Rousseff, o crescimento do Brasil ficou inferior a 2% ao ano – em 2011 foram 2,7% e, apenas, 1% estimados para 2012. Para 2013, a projeção é de um crescimento de 3,3% do PIB, resultando em uma média anual de 2,3%. Ainda assim não seria suficiente para recuperar a diferença existente para o Reino Unido.

Contudo, não foi apenas entre as potências que o Brasil decepcionou. No ranking do Banco Mundial que mede o PIB per capita, nosso País ocupa apenas a 75ª posição. E a situação é pior quando falamos dos rankings que mensuram a qualidade da educação, o Brasil está na 88ª colocação.

O Brasil tem inúmeros problemas e antes de pensarmos em ficar entre as cinco potências econômicas mundiais, precisamos pensar neles. A inflação em 2012 deve ficar próxima dos 6%, perto do limite de 6,5% estipulado pelo regime de metas. Isso comprova que o governo não teve sucesso nas políticas econômicas adotadas.

O que o País precisa é de investimentos e não de mais consumo. Isso ficou comprovado, também, com a queda do índice de confiança do consumidor de 1,1%, de 120 pontos em novembro para 118,7 pontos neste mês. É evidente que o aumento do crédito no intuito de incentivar o consumo é uma alavanca para a recuperação da economia, mas o risco de endividamento também se faz presente.

O Brasil tem capacidade para estar entre os grandes, só é preciso criar um ambiente bom para o investimento privado. E no caso do Governo, é preciso investir e garantir que o mesmo seja feito de forma total e correta.

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