Por uma cultura de inovação
Enquanto na Coréia do Sul um de cada quatro formandos é engenheiro, no Brasil a relação é de um a cada 50. Para tentar mudar esse cenário e alavancar os projetos estruturadores que garantirão a efetividade no desenvolvimento de nosso País, o Governo federal lançou esta semana o Programa Ciência sem Fronteiras, para a concessão de bolsas de estudos de graduação e pós-graduação no exterior para 75 mil estudantes, principalmente na área de exatas. Terão prioridade cursos de engenharia, petróleo, gás, biotecnologia, tecnologia aeroespacial, tecnologia nuclear, computação e tecnologia da informação. Com a iniciativa, nossos talentos poderão estudar nas 50 melhores universidades do mundo. Através de recursos do Capes e do CNPq, serão investidos R$ 3,1 bilhões no projeto, que pode ficar ainda mais robusto se conseguir o apoio da iniciativa privada, fomentando a oferta de mais bolsas. Nas principais potências do mundo, o investimento das empresas em pesquisa e desenvolvimento costuma ser maior do que o do Estado. Nos Estados Unidos, por exemplo, a iniciativa privada investe um valor correspondente a 1,86% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 0,74% do governo. Esperamos que o “Ciência sem Fronteiras” venha para semear uma cultura de inovação no Brasil.