Até quando teremos que continuar importando profissionais?
Enquanto Pernambuco carece de engenheiros para atender a demanda de profissionais em virtude do forte crescimento econômico do Estado com a implantação de grandes projetos estruturadores, como estaleiros, siderúrgica, refinaria, pólo petroquímico e montadora de veículos, mais de 70% dos estudantes que optaram pelos cursos dessa área foram eliminados no ponto de corte no vestibular para o conjunto das engenharias da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), revelando a deficiência no Ensino Médio. Os índices dos alunos de escolas públicas são ainda mais preocupantes: dos 1.137 vestibulandos que solicitaram bônus de 10% concedido para quem estudou o Ensino Médio na rede pública, apenas 30 se livraram do ponto de corte. Para melhorar o aprendizado, o Governo do Estado anuncia um programa com aulas de reforço de português e matemática. Iniciativa louvável, mas que deve ser aliada a um projeto que garanta a qualidade do ensino desde os primeiros anos escolares. Enquanto isso, teremos que continuar importando profissionais.