Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Racionamento de energia e o risco de apagão

A seca que está assolando a região Nordeste e Sudeste não prejudica apenas os agricultores e pecuaristas. A falta de chuva prejudica, também, o funcionamento das hidrelétricas instaladas nessas regiões, que respondem por 70% da capacidade de produção de energia do país e que estão funcionando abaixo do nível mínimo.

Voltando ao passado, durante 2001 e 2002, o Brasil passou por um rigoroso racionamento de energia devido à estiagem ocorrida na ocasião. Os problemas mais graves aconteceram nas regiões do país que não puderam ser abastecidas por completo com energia e sofreram com os recorrentes apagões. Na época, por falta de planejamento, o Brasil não possuía uma rede de transmissão de energia interligada para todo o País e o Governo Federal não investiu o necessário em precauções, mesmo sabendo que a seca era uma constante. O resultado foi um colapso energético e milhões de consumidores foram prejudicados com os altos valores cobrados.

Recentemente, os anos de 2011 e 2012 já ficaram marcados como os anos dos apagões – alguns justificados por falhas mecânicas – e das altas tarifas energéticas. Vale ressaltar que 70% da geração de energia do país, em condições normais, vêm de usinas hidrelétricas e que esta ainda é a forma mais barata de produção de energia. O problema é que, com o nível das hidrelétricas muito abaixo do normal, o brasileiro começa a se preocupar com o risco de apagões que podem voltar a acontecer este ano.

Por sorte, o Governo Federal tem tentado esclarecer que não corremos risco de novos apagões em 2013 e muito disso se deve ao baixo crescimento da nossa economia em 2012. Faz-se necessário esclarecer a participação econômica do país no quadro energético: o pífio desempenho da economia nacional, com o crescimento de aproximadamente 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, fez com que o consumo energético da indústria fosse menor do que o estimado. Se o crescimento nacional alcançasse o estimado no início de 2012 (4,5%), sem dúvidas haveria o risco de faltar energia em 2013.

Mesmo afastado o risco de apagões, o que acontecerá, sem dúvidas, é o aumento das tarifas energéticas para o consumidor. A justificativa é que a energia produzida nas termelétricas é mais cara e essas usinas passam a trabalhar em sua capacidade máxima desde o final de 2012, para suprir a demanda energética do Brasil devido à queda acentuada no nível dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas.

Resta-nos torcer para que as chuvas típicas do verão façam a sua parte. É preciso que chova nas cabeceiras dos rios e nas usinas, fazendo com que a água armazenada chegue ao nível normal para que as hidrelétricas voltem a funcionar na capacidade máxima. Só assim não corremos o risco de ficar no escuro.

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