Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Thomas Piketty e a educação

O livro O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty, aborda a evolução do capitalismo. Nele, o autor apresenta os benefícios e custos trazidos por este sistema econômico que, até o instante, não faliu. E tende, assim acreditamos, a não falir. O socialismo entrou em decadência por suas contradições no âmbito do indivíduo. Estes não optaram por abrir mão da individualidade e, portanto, da livre iniciativa. Indivíduos podem relegar o capitalismo caso optem por tornar a liberdade individual como objetivo secundário. Porém, não visualizo esta possibilidade.

Apesar das crises, como bem afirma Thomas Piketty na obra, o capitalismo sobrevive. As contradições provenientes dele e apontadas por Piketty ainda não foram suficientes para implodi-lo. No referido livro, encontro a principal contradição do capitalismo: renda do capital versus renda da renda. A renda do capital advém da acumulação, já a renda da renda é proveniente do trabalho. Porém, a renda do capital foi, em algum dia, advinda da renda da renda.

Ao mostrar as diferenças entre capital e renda, Piketty conduz o leitor a refletir sobre o capitalismo. Após intensa reflexão, constatamos que o capitalismo é o sistema que oferta oportunidades para todos. Porém, os indivíduos precisam estar aptos para aproveitá-las. O estado é, portanto, o instrumento adequado para possibilitar a igualdade de oportunidade aos indivíduos através da educação.

Aliás, o autor aborda o papel da educação no sistema capitalista. É a educação que tem condições de amenizar as consequências negativas do capitalismo. Portanto, ela é instrumento que conduz a igualdade de oportunidades para os indivíduos.

Constatamos, por fim, após a leitura do brilhante trabalho de Thomas Piketty, os desafios do Brasil para os próximos anos. Nosso país precisa gerar intensamente igualdade de oportunidades para amenizar as consequências negativas do capitalismo. É preciso priorizar a educação, ou seja, a formação do capital humano, o qual, segundo Piketty, não deve ser confundido com o capital advindo da acumulação de renda. Inúmeras ações governamentais, como o Programa Universidade para Todos, a ampliação do crédito educativo através do Fies e o Pronatec, possibilitaram e possibilitam a igualdade de oportunidade.

Se ações como estas perdurarem, independente dos presidentes eleitos, será possível o crescimento da economia brasileira, e, especificamente, a melhoria dos indicadores socioeconômicos. Por consequência, os efeitos negativos do capitalismo serão amenizados.

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