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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Um raio X do ensino superior no Brasil

Para iniciar, cumpre perquerir: é possível comparar instituições públicas de ensino superior com instituições particulares? A pergunta parece simples, mas para respondê-la é preciso avaliar inúmeros aspectos e perspectivas relacionadas.

O setor de ensino superior no Brasil passou por grandes mudanças desde o início dos anos 1990 até os primeiros anos do século XXI, mais especificamente com a Lei de Diretrizes e Bases de 1996. Foi nesse período que as instituições de ensino superior privadas começaram a ganhar força pelo país. Vale destacar que o crescimento desse setor é que garante a formação de profissionais com qualificações que atendem as demandas dos setores produtivos.

Engana-se quem pensa que o aumento das matrículas nas instituições privadas se deu somente pela baixa quantidade de vagas nas instituições públicas. É cada vez mais notório que a sociedade tem se conscientizado da importância da educação como diferencial de mercado e que, através das escolas particulares, é possível adquirir uma formação tão enriquecida, universalizada e focada nas práticas de mercado, quanto à oferecida nas instituições públicas.

Ademais, o aumento do número de concluintes no ensino médio aliado a uma maior disponibilidade de financiamento estudantil e bolsas de estudo, incentivada por programas como o Financiamento Estudantil (FIES), criado em 1999, e o Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo Federal, criado em 2004, contribuíram para o aumento da demanda das instituições privadas.

Destacando as diferenças entre as IES públicas e privadas, podemos caracterizar a principal delas como a relevância na área de pesquisa das universidades estaduais e federais. Além disso, poderíamos citar o percentual de professores mestres e doutores nas IES públicas em comparação com as IES privadas – as primeiras apresentam mais de 40% dos docentes com doutorado, contra 12% das privadas. No entanto, o perfil das instituições privadas tem mudado bastante, buscando e prezando, cada vez mais, pela contratação de mestres e doutores para ingressar no quadro de colaboradores.

O grande diferencial das IES privadas está na capacidade de oferecer cursos de longa e curta duração, com agilidade para efetuar mudanças curriculares que podem satisfazer demandas diferenciadas, principalmente quando pensamos na formação de profissionais que precisam estar preparados para atender um mercado que se mostra, cada dia, mais competitivo, dinâmico e inovador.

Hoje são, aproximadamente, 6,7 milhões de alunos matriculados, destes, quase cinco milhões estão em instituições privadas. Esses números mostram a importância do ensino superior privado. Embora os melhores alunos, aqueles que estudaram nas melhores escolas, principalmente as particulares, encontrem-se nas instituições públicas, hoje, a maioria da instituições privadas tem como foco principal ministrar ensino de qualidade no afã de qualificar o povo brasileiro, pois, nação desenvolvida é aquela com povo educado e qualificado, e como as instituições públicas não dispõem de vagas suficientes para qualificar toda a demanda – apenas cerca de 25% do total das matrículas estão nas IES públicas – daí a importância das IES privadas como importantes atores de desenvolvimento nacional.

Uma Resposta para “Um raio X do ensino superior no Brasil”

  • Anita:

    Texto muito interessante!… Acho que as universidades privadas são de fato mais versáteis e voltadas para o mercado de trabalho. Contudo, sinto falta de um ensino continuado, de especializações e pós-graduações nessas universidades…

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