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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Somos todos macacos?

O episódio de racismo sofrido pelo jogador de futebol Daniel Alves durante um jogo do Barcelona, time que defende, e a reação dele em comer a banana que foi atirada em campo por um torcedor resultaram em uma campanha disseminada nas redes sociais com a hastag: Somos todos macacos. A reação de Daniel Alves à tentativa de agressão racista foi de extrema inteligência e desmontou completamente a intenção premeditada com o ato.

Reações a parte, descobriu-se, logo depois do fato, que uma campanha publicitária com a participação do jogador Neymar, que também foi vítima de racismo há algum tempo, já estava pronta para ser lançada ao mercado e foi ideia da agência publicitária a #SomosTodosMacacos. A internet foi tomada pelas publicações, no entanto, algumas pessoas não aceitaram a “comparação” com os macacos. E surgiu, então, um movimento contra a campanha.

É óbvio que o racismo é um problema grave e precisa ser combatido. Tornou-se lugar comum falar sobre isso. No entanto, em tempos que as pessoas se apegam as palavras e não ao espírito das ações, é necessário explicitar o óbvio. Claro que não somos todos macacos no sentido literário. Somos seres mais evoluídos que os macacos. No entanto, a ciência já comprovou que todos descendemos deles, então, sim, somos todos macacos.

A campanha lançada vai muito além de palavras no sentido de que, como seres humanos, somos todos iguais. Descendemos e compartilhamos da mesma natureza. Então, se um determinado torcedor considera que Daniel Alves, Neymar ou Tinga são macacos, ele próprio necessariamente também tem de ser. É o sentido.

Algumas pessoas criticaram a atitude de Neymar, especulando sobre uma possível motivação financeira com a campanha, no entanto, não houve por parte dele nenhuma oferta de produtos ligados ao tema e mesmo se houvesse, ninguém é obrigado a comprá-los.

Publicidade e propaganda a parte, a atitude de Daniel Alves foi, sem dúvida, a novidade dessa história. O comum é que jogadores que passam por esse tipo de agressão por atos de racismo tenham dois tipos de reação: a primeira é um falso posicionamento de indiferença e, em seguida, façam o desabafo sobre a situação. A segunda é a forma agressiva de reação, muito comumente feita pelo revide.

O bom humor adotado por Daniel diante da banana jogada no campo chegou como uma nova forma de reação: o de indiferença diante da mentalidade tão pequena das pessoas racistas. A inteligência demonstrada pelo jogador merece aplausos.

2 Respostas para “Somos todos macacos?”

  • Valdomiro Lucena Jr:

    Na verdade eu não sou descendente de macaco, como foi colocado; a ciência ainda não comprovou isso: há um “elo da corrente” quebrado.
    Qto ao restante do conteúdo sobre a ação de Daniel Alves e os atos de racismo que permeiam em diversas partes do mundo, de fato é inaceitável; afinal estando nós “macacos”, apoiamos a atitude de Daniel: reprovação do ato com sabedoria e fineza.

  • Maria do Carmo:

    Agora Penso e de quem é a Culpa? Existem Culpados? Seria a Educação Da Nação Ou Um Problema Psicológico ou talvez Social? Nos Resta em Meio A tanta Ignorância de Pessoas Racistas, a Sabedoria Divinamente Inspiradora Para Ajudarmos a Fazer o Certo, No Momento Certo e o Mais importante Cala a Boca dos Racistas em Silêncio Ou “Comendo Bananas”.

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