Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Quanto vale a educação brasileira?

Quando falamos da educação brasileira, alguns números precisam ser lembrados: o Brasil tem, atualmente, mais de 8 milhões de alunos matriculados no ensino médio e 6,5 milhões no ensino superior. Um crescimento expressivo se comparado aos dados de 2001, quando o ensino superior contabilizava apenas 3 milhões de alunos.

Porém, esses números ainda não expressam uma realidade favorável ao país. Em 2009, durante a última edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o Brasil ocupou a 53ª e a 57ª posições – nas disciplinas de leitura, matemática e ciências – entre 65 países. Isso é comparar os alunos do Brasil aos alunos de países como Trinidad e Tobago. Enquanto a Finlândia, que começou uma mudança na educação do país há 30 anos, destacou-se com o 3º lugar na avaliação.

Atualmente, o Brasil investe em torno de 5% do Produto Interno Bruto, PIB, em educação. A título de ilustração, o PIB do Brasil em 2011 atingiu R$ 4,1 trilhões. No início desde ano, o governo federal anunciou que irá elevar esse número para investimento total de 7,5% a 8% do PIB no setor, o que é muito importante, entretanto, de acordo com especialistas da área, ainda é insuficiente.

A realidade é que mesmo o aumento do investimento no setor não será capaz de mudar drasticamente a educação atual do Brasil. Tal mudança é um projeto que deve ser executado a longo prazo e continuamente. Seria necessário um investimento de 10% do PIB, durante anos, para que se faça uma transformação positiva na educação. Voltando aos números, temos mais de 4,1 milhões de crianças fora da escola; No Ensino Superior apenas 14% da população de idade universitária – de 18 a 25 anos – estão estudando e 86% da população não tem acesso a esse nível do ensino. O pior índice da América latina. Ademais, o ensino público tem baixa qualidade em quase todos os níveis e o Brasil está entre os últimos no ranking mundial nessa área.

É preciso investir em todas as áreas da educação, desde a educação infantil aos cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorados. A Finlândia pode, e deve, ser tomada como exemplo pelo Brasil. O país chamou a atenção não apenas pelo resultado, mas por apresentar um modelo diferente dos líderes do ranking, China e Coreia do Sul. A transformação do sistema educacional finlandês começou na década de 70, quando foi criado o sistema de ensino obrigatório de nove anos e um currículo nacional visando igualar as oportunidades de acesso e a qualidade da educação.

Caro leitor, não existe nenhuma fórmula mágica, nem um milagre para ter educação de qualidade e acessível a todos. As crianças, assim como os adultos, são indivíduos com necessidades diferentes e é preciso conhecer essas necessidades e transformá-las no objetivo da educação. É preciso, acima de tudo, investimento e utilização correta do investimento.

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