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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Pós-graduação no exterior: como se preparar

Depois de concluir uma graduação em instituição de ensino superior brasileira, muitos recém-formados almejam expandir conhecimentos cursando uma pós-graduação no exterior. Mas esse é um projeto que requer planejamento antecipado, de no mínimo um semestre de antecedência. Estudar no exterior envolve investimentos como, por exemplo, se preparar para enfrentar a seleção, ter recursos financeiros, se adaptar a uma nova cultura e falar ou ter noções da língua nativa.
Entretanto, há um passo anterior a esse que deve ser bem amadurecido: diz respeito à escolha da instituição na qual irá cursar a graduação. Diria que, seria frustrante desembarcar no exterior com um título que não possui aceitação. Para evitar o grande transtorno, o aluno deve verificar se a instituição é credenciada no Ministério da Educação (MEC).
Recentemente, viajei até a Universidade de Heidelberg (Ruprecht-Karls-Universität Heidelberg), na Alemanha, onde visitei o amigo e doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito, João Maurício Adeodato. O mestre é também pós-doutor da Fundação Alexander Von Humboldt na Faculdade de Direito da Universidade de Mainz. Ele se encontrava naquela Universidade para ministrar aulas para a disciplina de Filosofia do Direito, com área de concentração em retórica jurídica.

Tive o privilégio de conhecer de perto uma instituição tradicional na qual estudou um dos mais importantes filósofos de todos os tempos, Georg-Freidrich Hegel. Mas, citei esta viagem para colocar o exemplo da Alemanha, país onde o processo de reconhecimento de diplomas estrangeiros é o mesmo seguido por outros países.

O sistema de ensino das universidades alemãs leva em consideração as horas de aulas assistidas e a média de notas durante todo o curso para avaliar se considera o candidato graduado. O amigo João Maurício Adeodato revelou-me que a Alemanha é um dos países onde mais se dão bolsas para estrangeiros. Entretanto, as bolsas de estudo concentram-se, em sua maioria, no doutorado.

Para ingressar numa pós-graduação por lá é importante ser indicado por um professor titular e ter a documentação aceita pela Universidade. As exigências para aceitação variam de mestre para mestre. Outro fator de peso é conhecer a língua. Para os que pretendem realizar um curso na Alemanha, uma dica é passar pela prova máxima para os estrangeiros, o TEST-DAF.

Para os interessados em saber mais sobre o reconhecimento de títulos na Alemanha, recomendo acessar o endereço: www.anabin.de, site do Sistema de Informação para Reconhecimento de Títulos Estrangeiros de Conclusão de Estudos Alemão. Outra sugestão é a agência de fomento científico e concessão de bolsas, a Alexander Von Humboldt Foundation. Esta Fundação promove o financiamento e a estadia de cientistas e investigadores na Alemanha.

Se você, aluno prestes a concluir uma graduação, deseja estudar fora do País, então comece a reunir documentos (histórico escolar e diploma de nível superior) e envie ao Ministério das Relações Exteriores, para que sejam avaliados. Consulte, também, a lista de documentos exigidos pela instituição a que tem interesse a se candidatar. Para concluir, tive acesso em um dos jornais impressos de Pernambuco a informação de que o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico abriu seleção para o programa de bolsas de pós-graduação. As inscrições vão até o dia 28 de agosto. O endereço é http://rio.daad.de.

Porém, para quem pretende continuar no Brasil o governo federal nos deu boas notícias. O governo pretende criar um programa para aumentar o número de bolsas de estudos para alunos de pós-graduação. A excelente notícia foi divulgada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, na ocasião da 61ª reunião anual da SPBC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). A informação é bem-vinda principalmente para a região Nordeste, um lugar onde há inúmeras carências e lacunas nas séries que antecedem o Ensino Superior. Mais bolsas de estudo na educação superior, significa mais oportunidades de aprendizado, mais anos de estudo para o brasileiro e maior produção científica para o País.

É bem verdade que temos orgulho do patamar que alcançamos até agora. Para informação de todos, ocupamos a 13ª posição na classificação mundial em produção científica no ano de 2008. Ultrapassamos Rússia (15ª) e Holanda (14ª), países de primeiro mundo. O brilhante desempenho foi o resultado das contribuições provenientes de universidades e centros de pesquisa ligados à pós-graduação universitária. Tal feito é fruto da disponibilidade de bolsas de pós-graduação stricto sensu. Portanto, a nossa perspectiva é de que a oferta de bolsas e a procuram estejam sempre alinhadas.

Uma Resposta para “Pós-graduação no exterior: como se preparar”

  • Thiago Gomes:

    Professor,

    Gostei muito do post, tenho um objetivo de aprimorar meus estudos na Europa; Existe a possibilidade de a Faculdade esta indicando Alunos para alguma experiência no exterior???

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