Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
Saiba mais.

Vale a pena

Histórico

Por que condenar as privatizações?

Francis Fukuyama, em suas variadas obras, mostra que as instituições importam para o desenvolvimento econômico. A ausência de instituições eficientes dificulta o crescimento econômico dos países. Adam Przeworski, no brilhante texto “As instituições são causa primordial do desenvolvimento econômico?”, tece argumentos quanto à relação simétrica entre instituições meritocráticas e desenvolvimento econômico. Para o autor, não é possível identificar se é o desenvolvimento econômico que possibilita a existência de instituições meritórias ou se a relação é inversa.

Tanto Fukuyama como Przeworski são autores que valorizam a importância de dois entes presentes na sociedade: as instituições formais, as quais são reconhecidas pelo estado; e o mercado. Depreendemos da leitura das obras dos autores de que instituições e mercados interagem e adquirem condições de promoverem o desenvolvimento socioeconômico da sociedade.

É unânime entre os economistas que o pífio investimento estatal na infraestrutura impede o crescimento pujante da economia brasileira. O brilhante Raymundo Faoro, em sua fantástica obra “Os donos do poder”, revela que o estado brasileiro tem características patrimonialistas e, por consequência, clientelistas. Recentemente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso revisou, no livro “Pensadores que inventaram o Brasil”, as variadas obras dos autores que decifraram a relação entre capitalismo e estado brasileiro. FHC mostra de modo competente como o capitalismo brasileiro surgiu e se relaciona fortemente com o estado.

O pré-sal ao ser anunciado, durante o segundo mandato do governo Lula, criou expectativas quanto à sua contribuição para o país. Novas regras foram criadas para garantir à Petrobrás a obrigatoriedade de participar de no mínimo 30% da exploração do pré-sal. O campo de Libra, que de acordo com especialistas, é o que tem maior potencial lucrativo das variadas reservas do pré-sal, foi recentemente leiloado.

Após o leilão do campo de Libra, todos os presidenciáveis ressuscitaram o debate sobre as privatizações. Nenhum deles as defendeu publicamente, embora enalteçam costumeiramente a necessidade de mais investimentos para a infraestrutura e gestão meritocrática do estado. Pois bem, o que esperar das eleições de 2014, propostas estatistas ou que valorizem e incentivem o investimento privado?

Os presidenciáveis e todos aqueles que se preocupam com o futuro do Brasil não devem ter vergonha do mercado. A crença de que investimentos privados representa a captura do estado brasileiro por interesses privados não é palpável quando da existência de instituições reguladoras eficientes. O clientelismo, o qual usurpa recursos do estado para uma minoria, não contribui para o desenvolvimento econômico da sociedade. Privatização não significa perda de soberania. Privatização representa mais investimentos privados e desenvolvimento socioeconômico.

Uma Resposta para “Por que condenar as privatizações?”

Deixe um comentário