Os problemas na educação brasileira
Já se tornou lugar comum os brasileiros relatarem a precariedade da educação como um dos principais problemas do País. E esta opinião não se refere apenas a determinadas regiões, mas ao Brasil como um todo. De fato, o sistema educacional brasileiro não tem sido capaz de preparar os jovens para compreender textos simples, executar cálculos aritméticos básicos e outras ações simples que deveriam ser feitas pelas escolas fundamentais.
Por várias vezes já citamos que investir em educação é a única forma de tornar o Brasil um país desenvolvido. Sem educação é impossível manter uma economia em pleno desenvolvimento. A educação é o ponto principal de qualquer construção do futuro.
Recentemente, foram publicados três indicadores sobre a educação e, mais uma vez, os resultados gerais ficam abaixo das metas modestas estabelecidas pelo governo federal. Houve estagnação no Ensino Médio; de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), quando falamos em gastos com os alunos, o Brasil está atrás de países como México e Chile; e diminuiu o número de formandos no Ensino Superior. Falando sobre o ensino superior, o total de novas matrículas recuou 0,2%, principalmente devido a redução da oferta de vagas a distância. O mesmo aconteceu com o número de concluintes, que caiu entre 2012 e 2013 em 5,7%.
Em Pernambuco, os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), mostraram uma grande escalada do Estado no ranking nacional do ensino médio, passando da 16ª para a 4ª colocação na rede estadual. Já em Minas Gerais, há escolas que estão por vários anos entre as melhores e o segredo é simples: todos os projetos obedecem a um diagnóstico contínuo, dentro de um planejamento bem feito e avaliação permanente.
Tem uma frase do educador Paulo Freire que diz: “Só desperta paixão de aprender quem tem paixão de ensinar”. O primeiro passo para melhorar o nível das nossas escolas é através da melhoria dos nossos professores. São eles que vão garantir a conjugação de quatro verbos que são capazes de manter o bom desempenho dos alunos e mudar a educação no Brasil: planejar, monitorar, avaliar e corrigir.
A oferta de ensino de qualidade é prevista pela Constituição, no entanto, não há punições previstas para o descumprimento da lei. A educação brasileira só será considerada boa quando garantir a todos o direito de aprender e para isso é preciso a colaboração dos três entes federativos: municípios, Estados e União. Ao mesmo tempo, mais investimentos devem ser feitos e essa verba precisa ser utilizada de forma mais eficiente.
Existe uma expressão de um professor de Harvard que se aplica bem a isso : “Se você acha caro investir em Educação, experimente o custo da ignorância.”