Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Os médicos e os planos de saúde

Em 2013, no Brasil, 24,7% da população tinha acesso aos planos de saúde. Isso significa um crescimento de mais de 7% em relação a 2002, quando a proporção era de 17,9%. Em Dezembro de 2010, o País tinha 1.061 operadoras de planos de saúde e quase 46 milhões de beneficiários.

O Brasil tem 347 mil médicos em atividade, de acordo com o registro no Conselho Federal de Medicina. Atualmente, praticamente 100% dos médicos brasileiros atendem através dos planos de saúde e recebem de R$ 8 a R$ 32 por consulta, em média, R$ 20. O que leva os médicos a atenderem em seus consultórios oito planos ou seguros saúde diferentes. Médicos que vivem apenas de consultas particulares são raros.

No entanto, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), já é realidade a migração de profissionais que atendem pelas operadoras de saúde para o atendimento particular. E o principal motivo é o baixo valor pago pelos planos de saúde aos médicos pelas consultas e procedimentos.

Infelizmente, as reclamações sobre os atendimentos de saúde, mesmo para os usuários dos planos, têm aumentado significativamente. E não apenas os usuários que reclamam, médicos também. E não é incomum pacientes serem pegos de surpresa com o descredenciamento dos médicos de seus planos.

Para entendermos o que de fato acontece, no Piaui, por exemplo, a melhor remuneração de uma consulta médica paga pelos planos de saúde privados é no valor de 50 reais e a menor 33,50 reais. Além disso, cerca de 60% dos pacientes retornam com exames solicitados pelo médico e este retorno não é remunerado pelos planos de saúde se ocorrer até 30 dias da consulta inicial.

Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fica impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários. Já os sindicatos e os conselhos de medicina não aceitam tal justificativa, já que as empresas controladoras dos planos de saúde não permitem acesso às planilhas de custos. E no meio desse impasse, ficam os usuários.

A grande questão para os usuários é que informações mostram um aumento significativo do número de beneficiários de plano de saúde, entretanto, não houve a ampliação da rede prestadora de serviços e hoje essas pessoas enfrentam dificuldades que se assemelham de certa forma ao que acontece no SUS.
Na disputa entre médicos e planos de saúde, quem mais sofre são os usuários. É preciso que a ANS estabeleça regras sobre a atuação dos planos de saúde no Brasil, com a finalidade de proteger os cidadãos.

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