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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Obesidade que mata

Um quinto da população brasileira está obesa. A afirmação foi feita pela revista cientifica Lancet, em estudo divulgado recentemente. Esse dado coloca o Brasil entre os cinco países mais obesos do mundo, com aproximadamente 30 milhões de pessoas acima do peso. O estudo afirmou, ainda, que há mais adultos no mundo classificados como obesos do que como abaixo do peso.

Os dados ficaram ainda mais preocupantes quando o Ministério da Saúde publicou informações sobre a obesidade infantil que revelaram que 32,3% das meninas e meninos brasileiros menores de 2 anos tomam refrigerante e suco de caixinha e que 60,2% deles comem bolacha recheada, biscoitos e bolos prontos. O que pode levar o Brasil a se tornar o país mais obeso do mundo em 15 anos.

No mundo, são 1,9 bilhão de adultos com excesso de peso e, entre eles, a obesidade afeta 641 milhões de adultos ou 13% da população mundial adulta e a projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo pode chegar a 75 milhões, caso nada seja feito. Entre as capitais brasileiras, Fortaleza, Porto Velho e Manaus estão no topo do ranking de sobrepeso.

De acordo com um estudo global feito em 2010 pelo Global Burden of Diseases Study, mais de 3,4 milhões de mortes no mundo foram decorrentes da obesidade ou sobrepeso. No Brasil, o número de mortos por essas complicações ultrapassou 2,3 mil cidadãos em um ano, segundo levantamento feito pelo Estadão Dados, em 2011.

A Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Vencê-la é um desafio mundial e, claro, que há vários culpados para o problema. É possível dizer que a epidemia global de sobrepeso e obesidade (termo da Organização Mundial da Saúde) está ligada ao estilo de vida nos séculos 20 e 21, especialmente em relação aos hábitos alimentares: é mais fácil e mais barato sair do supermercado com salgadinhos, biscoitos e bolachas, do que com frutas e verduras, que compõem uma alimentação saudável.

No Brasil, as prioridades para combater a obesidade são ampliar o acesso à alimentação saudável e combater o sobrepeso. No entanto, os dados do IBGE, da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) de 2013, indicam que 46,0% dos adultos brasileiros não são ativos o suficiente, ou porque não praticam nenhuma atividade física ou porque praticam menos de 150 minutos de atividade física por semana.

A prática regular de exercícios físicos ou esportes é um dos principais aliados nessa batalha e as academias públicas espalhadas pelas praças e as ciclovias também tem um papel importante nessa luta. No entanto, precisamos de mais. É preciso campanhas de conscientização da população para os riscos de ser obeso e também não se pode esquecer que o tratamento adequado envolve a participação e acompanhamento de profissionais especializados.

A obesidade é muito mais que números. É uma doença que pode desencadear outras e por isso, deve ser estudada e tratada em seus vários aspectos.

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