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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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O empresariado e os desafios do estado

Tornou-se lugar comum dizer que os melhores momentos para discutir as demandas da sociedade são aqueles durante os processos eleitorais, com os políticos. Entretanto, além da asseveração ser trivial, é também falsa, haja vista que no Brasil os processos eleitorais ocorrem de dois em dois anos. Ademais, como a nação e a sociedade em que vivemos é dinâmica e multifacetada, as demandas dos indivíduos – que são muitas – afloram diuturnamente e precisam ser debatidas e solucionadas todos os dias. Com efeito, ousamos afirmar que os processos eleitorais representam ótimas oportunidades para a elaboração de pleitos e construção de agendas positivas que objetivam solucionar os problemas da sociedade. Entrementes, não são apenas eles que conduzem os cidadãos ao debate.

É claro que a classe política tem o dever e a obrigação de discutir a cidade, o estado e a nação. Mas, culpá-la como a única responsável por solucionar os problemas do país constitui uma visão tosca e egoísta, haja vista que a sociedade é composta por variadas classes e atores, cujas ações e atitudes podem mudar os destinos da própria sociedade e da própria nação. Empresários, lideres sindicais, jornalistas, intelectuais, operários e a própria classe estudantil também tem a responsabilidade de debater os problemas da sociedade e cuidar do destino do país.

Diante dos problemas e desafios presentes na sociedade brasileira, a classe empresarial constitui-se como o mais importante agente de transformação do país. Nesse contexto, tomando por empréstimo uma famigerada expressão cunhada pelo economista Delfim Netto, “o espírito animal dos empresários” não deve se resumir ao investimento e à produção, mas também a busca de soluções para os problemas da sociedade brasileira. Esperar apenas que os gestores públicos e os parlamentares criem soluções para os desafios existentes não ajudam o Brasil a efetuar as importantes mudanças econômicas e sociais que tanto necessita.

É importante registrar que desde o início da década de 90, várias agendas positivas surgiram e estão sendo debatidas no afã de melhorar a sociedade brasileira. Entretanto, apesar de eloquentes debates, das mesmas não surgiram ações concretas, reais e eficazes para solucionar os problemas de nosso país.

O investimento público brasileiro em infraestrutura é capenga, e por via de consequência, o pujante e contínuo crescimento econômico tão almejado e sonhado por todos os brasileiros não é fomentado. Com efeito, é de mister que a agenda econômica brasileira seja debatida e desenvolvida não apenas pelo poder público, mas, sobretudo e principalmente, pelo setor empresarial. O “espírito animal do empresariado” deve buscar realizar as parcerias público-privadas no escopo de fazer com que o Brasil cresça e apareça econômica e socialmente.

Por outro lado, as reformas básicas que o país necessita que sejam realizadas, que citamos a título de exemplo, a tributária, a trabalhista e a política, integram outra importante agenda. Urge, portanto, que o setor empresarial brasileiro promova constantes debates acerca desta imprescindível agenda, com o objetivo primacial de mostrar aos parlamentares e gestores públicos que o setor produtivo brasileiro não pode mais esperar por tão importantes reformas. Sem elas o Brasil vai parar.

Outrossim, a reforma do estado constitui outra agenda essencial. Nesse diapasão, o aprimoramento da Lei de Responsabilidade Fiscal, a criação de novas regras para a aposentadoria e a reestruturação do quadro funcional e da política salarial dos funcionários públicos são inovações institucionais imprescindíveis que contribuirão para que a nação economize recursos que possibilitarão maior investimento em infraestrutura, saúde, saneamento e educação, tão caros ao nosso país.

Por fim, importa assinalar que a reforma educacional constitui como um dos maiores desafios. Apesar das diversas ações realizadas por variados governos em todos os âmbitos de poder com o intuito de melhorar o ensino público, desafios continuam a existir, dentre os quais: criação de novas formas de financiamento estudantil no sistema privado de ensino e de novos sistemas de bolsas de estudo, incentivo a novas formas de gestão das escolas públicas, incentivo a ciência, a tecnologia e também à qualidade do ensino, etc. Nestes diversos aspectos, os governos precisarão agir com mão de ferro. Mas diante da complexidade de cada um deles, o setor empresarial pode e deve atuar como parceiro e investidor, buscando soluções imediatas e eficazes.

Para arrematar, ousamos afirmar que os problemas que existem na sociedade – e que são muitos – não devem apenas ser resolvidos pelo estado. Nós empreendedores e empresários temos que debatê-los e discuti-los com o objetivo de auxiliar o estado na busca de soluções.

Uma Resposta para “O empresariado e os desafios do estado”

  • Henrique Francisco:

    Prá mim os politicos brasileiros são tudo uns bandos de larápios,só estão na politica para se dar bem na vida,o estado de pernambuco só começou a se desenvolver porque lula mandava dinheiro a rodo e prejudicava os estados que eram contra seu governo,espero que meus filhos não tenham que pagar pelos desmandos desses governantes sem vergonha.e o povo de pernambuco é que vai pagar por isso.quem é contra o povo não merece consideração.

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