Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Nunca na história desse país…

Nunca na história desse país se viu tantas manifestações e debates sobre o futuro político e econômico do Brasil. Se 2015 entrou na história pelas manifestações e denúncias de corrupção, 2016 também já tem um espaço garantido. A cada dia novos escândalos são levados à mídia, novos protestos pró e contra o governo acontecem, políticos são presos, prisões preventivas de empresários são efetuadas, personagens presos cedem à delação premiada e denunciam outros políticos. Esse é o retrato atual do Brasil.

Os problemas políticos têm sido tão expressivos que esqueceu-se da educação, saúde, saneamento básico, segurança pública, infraestrutura, etc. O que está em jogo é o futuro do Brasil como nação democrática. Não quero tratar aqui de questões partidárias, sou a favor de punição para todos os corruptos, sejam de qual partido for. Sou a favor da justiça sem abusos e igual para todos, em defesa da democracia.

Durante anos conseguimos alcançar grandes feitos no campo da economia. Aproveitamos as características de um país que tem grande potencial de desenvolvimento, entre eles, a parcela majoritária da população em idade de trabalhar. Promovemos a diversificação econômica e ampliamos nossos parceiros comerciais internacionais. Durante 14 anos consecutivos, melhoramos na equidade social e durante mais de duas décadas não registrávamos pioras do índice de renda e desigualdade juntas. Para que estes índices voltem a melhorar temos que sair da estagnação econômica. Isso, infelizmente, leva muito tempo e requer muito trabalho.

A realidade atual diz que o Brasil vive sua pior recessão nos últimos 25 anos. O índice de desemprego no mês de fevereiro bateu o recorde das últimas décadas. A virada da situação em que o Brasil se encontra dependerá de como o país conseguirá mudar a cultura arraigada na cabeça dos brasileiros sobre a corrupção. Isso vai levar tempo, mas não é impossível. Nos próximos anos, quando a crise for superada e com ela a recessão que atinge o país desde meados de 2014, a expectativa de diversos especialistas é que o PIB brasileiro conseguirá subir menos de 1% ao ano, ou seja, menos da metade do potencial de 2013, que era de 2%. O que nos faz afirmar que a retomada do crescimento econômico e social levará anos.

Não devemos nos iludir: para o mercado econômico, o impeachment produziria uma solução de curto prazo, elevando os pontos da Bolsa de Valores e fazendo o real se valorizar em relação ao dólar. Para os economistas, o melhor quadro seria a instalação de um governo de transição, com o apoio da oposição, para logo em seguida ser realizado uma nova eleição.

Oxalá isso ocorra. Já será um começo. Mas, não será o suficiente. A operação Lava Jato tem atingido grande parte da elite política e econômica Brasileira, deixando os brasileiros órfãos de líderes. Novas eleições podem oferecer um novo começo, mas de nada servirá se não forem aprovadas as reformas necessárias e essenciais para o Brasil voltar e crescer e ter credibilidade internacional, como a previdenciária, a fiscal e tributária, a trabalhista, etc.

O futuro do Brasil está na criação de uma nova consciência brasileira. Uma consciência social, política, econômica e constitucional na qual todos os brasileiros tenham como premissa básica a valorização da ética e do trabalho honesto como única forma de sobrevivência e enriquecimento. Uma consciência de que as leis do país devem ser aplicadas a todos, independentemente de cor, raça, sexo ou condição social. O Brasil e os brasileiros precisam recomeçar. Embasados nesta nova consciência. Só assim poderemos almejar um futuro melhor para nossos filhos e netos.

Uma Resposta para “Nunca na história desse país…”

  • Eudes Inacio:

    Muito bem observado, Ilmo. Sr. Janguiê!

    A mudança na mentalidade dos brasileiros e das brasileiras será, e já está sendo, o maior fruto de conquista para nossa Nação.

    A Ética nas relações pessoais se incidirá nas relações institucionais e, assim, colheremos o melhor para nossos filhos, netos.

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