Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
Saiba mais.

Vale a pena

Histórico

Incerteza e otimismo

Neste momento de crise econômica e política  que o Brasil atravessa recomendamos  a leitura do livro “O Espírito animal”, de George A. Akerlof e Robert J. Shiller. Os autores mostram com muita propriedade  como a psicologia humana impulsiona a economia e através dela é possível desvendar o comportamento humano. Se os indivíduos  estão pessimistas ou desesperançosos, a economia tende a perder dinamismo. Se  estão otimistas e esperançosos, a tendência da  economia é crescer.

Os aspectos apresentados constituem  as principais lições que o livro apresenta aos leitores. Lições de extrema valia para aqueles que, preocupados com o futuro econômico  e político do Brasil, não tem colaborado com ele, na medida em que implementam atitudes de incerteza e pessimismo, contribuindo para que a economia desande. Com efeito, recomendamos a  leitura desta importante obra a todos que sonham com um futuro econômico promissor.

Ampliando o quadro de análise, registramos que o estado de incerteza da economia  é até compreensível, visto que os prognósticos otimistas  do ministro da Fazenda, Guido Mantega, bem como o estado econômico idealizado por ele, não foram confirmados. Rememoremos, por amor ao debate, os inúmeros prenúncios positivos realizados quanto ao crescimento da economia na era Dilma, que, pela teoria dos autores citados, era o de se esperar. Entrementes, a expectativa de crescimento de  4% ao ano passou longe de ser alcançada. No que diz pertinência aos juros, o  Banco Central tomou medidas drásticas no sentido de reduzi-los, mesmo diante da expectativa de alta inflacionária e, após a pressão do mercado e da inquietação social quanto aos preços, o governo optou por aumentá-los.

Por outro lado, observamos, também, aspectos de incerteza quanto ao futuro da Petrobrás, maior empresa do Brasil, e no que atine  a questão da ampliação das  estradas brasileiras em regime de concessão.  O grande dilema do governo, desde a era Lula, está na importância que se dá ao papel da Petrobrás na economia brasileira.  A indagação que se faz é se a empresa deve ser utilizada como instrumento responsável pelo controle da inflação ou se deve ser uma empresa, como outra qualquer, respondendo  às demandas do mercado.  Veja-se que já há especulação acerca  do aumento da gasolina, principalmente em virtude do aumento do dólar.  Ademais, as concessões de estradas para a iniciativa privada também  geram conflitos  entre investidores e o governo. Após várias reclamações, o governo decidiu aumentar a taxa de retorno para os primeiros.

Com efeito, caros leitores, registramos que,  embora os estados de incerteza possam afetar o comportamento dos atores do mercado, defendemos que  o pessimismo não deva predominar no âmbito de suas ações.  Os recuos do governo sugerem incertezas, mas, por outro lado, apontam correção de rumo, o que nos faz ficar otimistas quanto ao futuro da economia brasileira. Mesmo porque o radical pessimismo em relação à economia internacional diminuiu.

Somos otimistas intransigentes. E temos razões para isto. Observem que, apesar do Brasil ter enormes desafios para enfrentar e resolver urgentemente  pelos governantes, por outra parte, oferece inúmeras oportunidades para os que aqui vivem e querem investir. Vivemos em um estado democrático de direito em comparação aos demais países da América Latina. O nosso sistema financeiro é um dos mais estáveis do mundo. Achamos que o descontrole inflacionário não vai acontecer,  como preconizado pelos pessimistas. E por fim, as manifestações de junho foram extremamente positivas, haja vista que provocaram os governos a investirem em mobilidade e infraestrutura, pautando a agenda dos mesmos  em eficiência da gestão. Somos e sempre seremos eternamente otimistas quando ao futuro do Brasil.

Uma Resposta para “Incerteza e otimismo”

  • renato:

    Nosso maior problema está naqueles que não querem que este pais seja realmente grande. Existe “n” setores, principalmente da mídia, que torcem para que nada aconteça, para viverem das migalhas e miséria do povo ignorante e sem informação. Tenho fé que os recursos advindo dos royalties do pré sal sejam aplicados em educação. Assim posso manter a esperança por um país grandioso, não apenas na na faixa territorial.

Deixe um comentário