Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
Saiba mais.

Vale a pena

Histórico

Ensino, emprego e desenvolvimento da educação

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou, recentemente, que no mês de fevereiro o número de vagas de empregos criadas caiu quase 57%. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram contratados 1.740.062 trabalhadores formais no segundo mês do ano, enquanto 1.589.462 foram desligados.

Setores como o comércio e a agricultura, que antes batiam recordes de contratações, demitiram mais do que contrataram. Já o setor de serviços foi responsável pela criação de 93.170 postos de trabalho em fevereiro. O Nordeste fechou 9.610 novas vagas, com destaque para Pernambuco (-3.844 postos) e Alagoas (-3.162).

Em contrapartida a esses dados, o setor de ensino teve destaque positivo com a criação de 41.062 vagas. Impulsionado pelo início do ano letivo, que acontece em fevereiro, esse número expressa o aumento do número de docentes e colaboradores na área da educação e, consequentemente, o crescimento desse setor.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 23%, o que representa mais de 1,5 milhão dos estudantes frequentam uma faculdade ou instituição pública de ensino superior, enquanto a grande maioria, 76% ou mais de 4,9 milhões de pessoas, estuda na rede particular. Esses números mostram a força e o desenvolvimento da educação privada no país, mas ainda assim não muda a incômoda 88ª posição em que o Brasil aparece no índice de desenvolvimento da Educação, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2011.

Nesse contexto, vale ressaltar que estamos próximos a países menos desenvolvidos que o Brasil, como Honduras, que ocupa a 87ª; Equador na 81ª; e Bolívia com a 79ª; e bem distantes da nossa vizinha Argentina, que ocupa a 38ª posição.

Atingir qualidade de ensino não é uma tarefa fácil. Não se transforma a educação de um país de um dia para outro. Esse tipo de mudança requer tempo e ações integradas, que vão desde a formação de professores à infraestrutura, passando pela questão salarial à gestão escolar. Exige investimento em uma quantidade bem maior que a atual. Não há país que tenha conseguido elevar seu índice sem seguir essas estratégias.

A título de exemplo citamos a Coreia do Sul, que para superar o efeito pós-guerra, transformou a educação em prioridade e investiu, durante 10 anos, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em Educação. O resultado é que hoje, a Coreia do Sul tem um nível de excelência em educação com um modelo bem sucedido que coloca seus alunos entre os melhores do mundo.

Já dizia Monteiro Lobato, “um país se faz com homens e livros”. Acima de tudo é preciso levar em consideração que não teremos um ensino de qualidade sem uma mudança de pensamento político. Educação como prioridade significa ampliar o investimento de forma contínua e a longo prazo.

Deixe um comentário