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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Crise energética no Brasil, é possível?

Há algum tempo o Brasil tem sofrido com uma série de apagões em várias regiões do País. Ano de eleições e Copa do Mundo, uma possível crise energética tem sido pauta de várias discussões por parte de especialistas e até políticos, tanto da situação quando da oposição.

Faltando quatro meses para o início da Copa do Mundo 2014, no Brasil, o país enfrenta as consequências do 10º apagão energético ocorrido no governo Dilma, que desta vez atingiu 11 Estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, além do Tocantins, na Região Norte e ao menos seis milhões de pessoas.

A título de informação, segundo um levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), desde janeiro de 2011 até o dia 4 de fevereiro deste ano, foram registrados 181 apagões no país – todos considerados falhas de energia, independentemente do tamanho da área afetada, do período ou da carga interrompida. Apenas em 2013, foram registrados 45 blecautes.

Não é novidade que a falta de chuvas colocou o Brasil na faixa de risco dos apagões devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e ao crescente consumo de energia elétrica, provocado pelas temperaturas escaldantes deste verão. No entanto, dos 10 maiores blecautes ocorridos no mundo a partir de 1999, dois foram no País – o que deixa claro as fragilidades no abastecimento de eletricidade.

Uma das maiores crises na energia elétrica brasileira aconteceu em 2009, quando um apagão em 18 Estados deixou o país às escuras. E o problema não se tratou de questões de chuva ou queda nos reservatórios, e sim da falta de investimentos, que impediram atender a demanda. No Amazonas, na região Norte e o maior Estado do País, a interrupção no fornecimento de energia é uma constante.

Sabemos que o tamanho territorial do Brasil dificulta a distribuição de energia, tornando o sistema complexo, já que este conta com mais de 100 mil quilômetros de linhas de transmissão e suscetível a falhas. Entretanto, o país já viu esse filme e essas mesmas justificativas no final do governo de Fernando Henrique Cardoso, quando, de fato, conhecemos o estrago que um apagão pode causar ao país e na imagem de um político.

O Brasil, hoje, dependente de hidro e termoelétricas para o fornecimento de energia, o que, para especialistas, é um modelo arriscado e caro. De fato, a carência de investimentos dos governos no setor elétrico carrega grande culpa por uma possível crise energética. Como o volume de recursos aplicados na manutenção e operação da rede é baixo, apesar de pagar caro pelo consumo, o consumidor acaba sofrendo com a falta de energia.

Infelizmente, o planejamento do Brasil só visa aumentar a oferta de hidroelétricas. Acaba-se não atentando para alternativas e criando um entrave à eficiência do planejamento enérgico. De acordo com os últimos leilões promovidos pelo governo, o preço da energia eólica tem sido equivalente à hidroelétrica, já a térmica e a solar são três vezes mais caras. Entretanto, a atual capacidade instalada de energia eólica não é suficiente para atender às necessidades do sistema brasileiro.

Não vemos outra solução, em curto prazo, para evitar uma crise energética se não explorar fontes renováveis e potenciais das regiões. Mas, é preciso entender que nenhuma matriz pode ser única e que qualquer sistema é mais seguro quando há várias fontes.

Uma Resposta para “Crise energética no Brasil, é possível?”

  • MARCELO ALMEIDA:

    Estamos marchando para termos o maior parque de energia eólica do mundo, contudo como todo grande projeto, alguns setores correram mais que outros, estamos como alguns parques já construídos, tão somente esperando as linhas de transmissão para começarmos a distribuição e comercialização dessa nova fonte de energia.
    Como sempre, interesses políticos norteiam algumas políticas públicas, no caso em questão, o PMDB de Edsom lobão, Ministro de Minas e Energia……será que estão pesando em manchar o nome do atual presidente, levando-se em consideração as Eleições Presidenciais de 2014.

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