Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Crenças e racionalidade

O Real está sobrevalorizado e por isso o País sofrerá um processo de desindustrialização. O Brasil não cresce por sermos submisso ao imperialismo norte-americano. Somos subdesenvolvidos porque continuamos a ser uma colônia de exploração. Essas falácias já cairão no senso comum, apesar da inconsistência de argumentos.

O filósofo Jon Elster frisa, em seu brilhante livro “Peças e engrenagens das Ciências Sociais”, que os indivíduos possuem crenças que conduzem às suas respectivas ações. Se as suas crenças são falsas, as ações racionais se transformam, por consequência, em ações irracionais.

Antes de falar do câmbio sobrevalorizado, é importante abordar a alta tributação brasileira. O setor produtivo não produz mais, dentre variados motivos, em razão da excessiva carga tributária. Inclusive, não se pode responsabilizar os empresários pelo aumento de preços, pelo repique inflacionário. Uma pergunta óbvia deve ser feita: como não aumentar preços diante da expectativa de alta inflacionária e de uma maiúscula carga tributária?

O propalado Custo Brasil impede o setor produtivo de exercer a sua função principal, qual seja: a produção. O Estado brasileiro, diante de variadas demandas, cresce sobre o empresariado e impede o país de crescer o desejado. Aliás, cresce sobre a sociedade. Milhões de indivíduos desejam ser empreendedores, mesmo com diminuto capital. Porém, o excesso de burocracia os impedem.

Culpar o outrem pelo fracasso parece ser a saída mais recorrente. Ora, é sabido que o Brasil foi colônia de exploração. E é sabido que Portugal implantou no Brasil um estado grande e burocrático. Estes vetores impediram o avanço das ideias liberais, assim como a implantação de um Estado que garantisse o exercício dos direitos de modo igualitário. Especificamente a igualdade de oportunidades. Mas faz 189 anos que somos independentes dos lusitanos. Está na hora de assumirmos isso.

Desde a sua independência, o Brasil já foi guiado por variadas Eras, cada uma com a sua contribuição. A Era Vargas possibilitou a conquista de direitos sociais. A Era JK permitiu acelerado desenvolvimento em alguns setores. De modo semelhante, ocorreu no período militar. A Era de FHC possibilitou a diminuição do estado e o fim da inflação. A Era Lula manteve os avanços econômicos conquistados pelo antecessor. E avançou nos programas de proteção social.

Mesmo diante dos variados períodos históricos que contribuíram para transformar o Brasil, grandes desafios ainda permanecem. É possível o Brasil ser referência para o mundo no âmbito da igualdade de oportunidades? É possível o setor produtivo brasileiro ser competitivo numa economia globalizada? É possível reduzir a carga tributária? Sim, mas para tais desafios, as crenças precisam induzir os tomadores de decisão a comportamentos racionais, pois desta forma, os problemas serão solucionados e o País avançará.

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