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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Chegamos ao fundo do poço?

O Brasil vive, no momento, uma crise econômica e política sem precedentes desde o fim da ditadura militar. A economia brasileira está à deriva. De acordo com o IBGE, já são mais de 9,1 milhões de pessoas sem ocupação no Brasil. Esse dado representa um aumento de 41,5% em relação ao mesmo período de 2014. Além disso, são dois milhões, seiscentos e setenta e seis mil pessoas que ficaram desempregadas em menos de um ano. Some-se a isso uma inflação alta, que em 2015 atingiu 10,67%.

Fomos rebaixados pelas principais agências de classificação de risco, afastando o país mais ainda do “selo de bom pagador” e nos enquadrando na mesma situação de países como Bolívia, Paraguai e Guatemala. Segundo a agência Standard & Poor’s e a agência Moody’s, últimas a rebaixar o Brasil, os motivos foram exacerbados pela fraqueza econômica, pela falta de credibilidade do governo e na incapacidade dele em implantar medidas orçamentárias no final de 2015, que agora se complicam com o procedimento de impeachment da presidente Dilma Rousseff em andamento no Congresso.

Nos últimos meses, o cenário brasileiro só desanda. A crise política continua com os inúmeros escândalos de corrupção; a redução de investimentos aliado à crise na Petrobras e empreiteiras; a queda do preço das matérias-primas; e até a incerteza no turismo, estando relacionado à epidemia de Zika. Todos esses pontos ampliam o difícil quadro da crise nacional.

O governo fala sobre uma nova matriz econômica que inclui a volta da CPMF. Entretanto, existem regras na economia mundial que não há nova matriz econômica que as possam mudá-las. Duas são essenciais: primeiro a regra da credibilidade. Só há investimento quando há credibilidade. Ninguém investe em um país se o governo perder a credibilidade. E a segunda regra é que a resolução de crises econômicas obrigatoriamente passa pelo crescimento econômico de suas nações e povos.

Está claro que a crise fiscal, decorrente de erros seriais de gestão macroeconômica, está levando ao colapso dos sistemas públicos de educação, saúde e pesquisa científica e tecnológica. A crise é de credibilidade e de exaustão da capacidade de gestão política e econômica. Neste ponto, não existem medidas leves para enfrentá-la.

O maior problema do Brasil não é o endividamento, é a falta de credibilidade. Falta credibilidade do governo, credibilidade da moeda. A inflação não é o maior dos perigos para uma economia. Entretanto, é, tanto para os investidores internacionais quanto para os governos que precisam de votos, o maior inimigo. Visto que reduz o poder aquisitivo da população e causa a redução de investimentos no país.

O País precisa conquistar a confiança para cativar investimentos. A credibilidade da moeda, a inflação sob controle e o crescimento sustentável a longo prazo são alguns dos pilares do desenvolvimento econômico que podem levar à redução das desigualdades e melhoria da qualidade de vida da população.

É importante fazer um ajuste fiscal, que é fundamental para garantir que o Brasil possa sair dessa situação delicada. Temos uma dívida pública que não é muito elevada, mas já é considerável. O problema é que juros e encargos são muito altos e quando se gasta muito com juros, tem-se menos para gastar em outras áreas. O ajuste precisa ser feito junto às reformas econômicas estruturais. Somente com as reformas assim voltaremos a ser um país confiável economicamente.

2 Respostas para “Chegamos ao fundo do poço?”

  • Milton Cunha Neto:

    Dr. Janguiê,
    Concordo com suas colocações.
    O pior, diante de um quadro deste, é que a Nação não vê atuações do Poder Público, no sentido de modificar este quadro.
    As notícias negativas se propagam geometricamente, a cada dia.
    Todos sabem que a crise política é enorme. Mas nada se faz para diminuir seus efeitos. Pelo contrário. As notícias que vem de Brasília são todas de atos para se ganhar tempo em todo tipo de processo. Tempo que o Brasil não dispõe.
    Em vez de se modificar/criar leis que possibilitem um efetivo desenvolvimento do País, possibilitando investimentos e, por outro lado, distribuindo melhor a arrecadação, o que se vê é uma perda de tempo com coisas pequenas, que nada contribuem para uma melhoria eficaz.
    E, nós, cidadãos brasileiros, trabalhadores e empresários, ficamos à beira desse caos, esperando dias melhores, que o horizonte não nos revela.

  • Carlos Aurelio Dias Pereura:

    O que ease país precisa além de tudo isso escrito pelo Janguie é uma política fiscal austera, onde se acabando com os empregos informais e dando uma estabilidade na economia, onde todos pagam, todos pagam menos, além da credibilidade de pessoas sérias no governo, precisamos fazer as medidas e reformas esteuturadoras, mais para isso a credibilidade interna e externa tem que ser essencial para podermos começar a crescer até 2017, vamos sentir saudade de 2015 e se preparar com bom senso e altivez na dureza que vem por aí, 2016 e 2017 será uma batalha contra i tempo em tentar ajustar todas as mazelas deixada por esse governo inconsequente e desmoralizado, nossa riqueza maior, a educação jogada em segundo plano sem perspectiva do governo em garantir um mínimo de condições de desenvolver o ensino na sua essência maior, que são os cursos de aperfeiçoamento e os seus alunos, pais sem educação é um país morto, país inerte, por isso hoje temos que pedir mudança de governo, mudança da ética e as mudanças que o povo exige .

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