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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Brasil é um país de risco econômico?

A economia brasileira e mundial foi surpreendida, esta semana, por uma crítica de Janet Yellen, a nova presidente do Banco Central americano: o BC americano colocou o Brasil atrás apenas da Turquia entre mercados emergentes mais frágeis economicamente. Somos a segunda economia emergente mais vulnerável a choques externos em uma lista de 15 nações.

Ao primeiro olhar, a crítica do BC americano vai contra o que nós brasileiros estamos acostumados a ouvir – que a crise mundial não afetou o nosso mercado e que nossa economia continua ascendente. No entanto, e justificando esse cálculo, o banco central americano leva em conta fatores como inflação nos últimos três anos, fatia das reservas externas em relação ao PIB, participação da dívida pública bruta na comparação com o PIB e variação em cinco anos do crédito ao setor privado.

De fato, o cenário para os mercados emergentes tem se mostrado complicado. Os investidores internacionais estão preferindo colocar seus recursos nas bolsas dos Estados Unidos e da Europa, economias que tem mostrado uma recuperação forte pós crise econômica mundial e moedas que estão recuperando valorização. Apesar disso, a visão do mercado financeiro é de que o real não deve se desvalorizar mais porque a moeda brasileira já foi a segunda que mais perdeu valor entre esses 15 países.

Os mercados emergentes já passaram por muitos períodos difíceis, mas, as bolsas de países emergentes só tiveram um desempenho pior do que as dos desenvolvidos em três dos últimos 12 anos. Para o Brasil, com o alto volume das reservas internacionais, foi possível absorver os impactos da crise externa, no entanto, esta é a única boa notícia para os investidores. Em contrapartida, o crescimento econômico tem sido baixo demais para um país com aspetos tão jovens.

Infelizmente e para surpresa de todos, o Brasil vive um momento em que a inflação já está elevada e que o déficit nas transações com o exterior tem se mostrado preocupantes. Aliado a isso, estamos em ano eleitoral e o índice de empregos já não está crescendo como antes. Esperava-se mais do País nos últimos anos, já que, devido a Copa do Mundo, que acontece este ano, e os Jogos Olímpicos de 2016, foram programados milhões em investimentos para infraestrutura, o que deveria beneficiar a economia nacional.

Uma justificativa para tais mudanças são os altos impostos nacionais e as irregularidades do setor privado, de fato, imprevisível. Infelizmente, uma parte dos investidores busca lucros em curto prazo, o que não costuma acontecer no Brasil. Além disso, não podemos negar que o excesso de burocracia estimula a corrupção, e isso é um problema na maioria dos países emergentes.

O Brasil, assim como tantos outros países apresenta detalhes de fragilidade em sua economia, mas, é um exagero colocar o País como o segundo país emergente mais vulnerável.

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