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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Atitudes racistas ainda são realidade

O jogador de futebol Tinga, do Cruzeiro, foi recentemente alvo de lamentáveis atitudes racistas pela torcida do Real Garcilaso, time do Peru, durante partida pela Copa Libertadores. É incompreensível casos como este em pleno 2014. No entanto, engana-se quem pensa que episódios do tipo são incomuns.

Em um outro episódio, uma australiana foi presa em Brasília suspeita de agredir e ofender duas funcionárias e uma cliente negras de um salão de beleza. Como se não bastasse, ela também é acusada de desacatar o policial militar, também negro, que a conduziu à delegacia e ofender o agente responsável por atender a ocorrência.

No Brasil, o crime de racismo é inafiançável e discutir o tema na sociedade é sempre um assunto controverso, já que uma parcela significativa da nossa população insiste em dizer que este é um problema que não enfrentamos. O fato é que, Gilberto Freyre, quando publicou Casa-Grande & Senzala, em 1933, não tinha muitos dados sociológicos sobre a população brasileira. Se tivesse acesso a pesquisas, como as realizadas hoje pelo IBGE, talvez sua teoria da democracia racial brasileira fosse um pouco diferente.

Somos miscigenados, multirraciais, coloridos. Nossa população é formada por uma mistura de raças e ainda assim, episódios racistas acontecem com frequência. Ao verificarmos as estatísticas, o racismo brasileiro, sustentado durante três séculos de escravidão, revela-se como uma verdade factual. Infelizmente, no Brasil ainda vive uma cultura de estereótipos e o negro acaba carregando o estigma de bandido e criminoso.

Voltando ao episódio Tinga, ele não foi o primeiro jogador brasileiro a passar pela discriminação. Em 2005, o atacante Grafite, que na época defendia o São Paulo, foi chamado de “macaco” pelo zagueiro argentino Desabato. Além dele, nomes como Roberto Carlos, Diego Maurício e Daniel Alves já sofreram constrangimentos. O regulamento disciplinar da Conmebol, responsável pela organização da Copa Libertadores, prevê inicialmente uma multa de US$ 3 mil ao clube cuja torcida fizer manifestações racistas. Mas, apenas isso ou fechar os portões dos estádios para as torcidas, não serão suficientes para extinguir episódios como esse, nem do futebol e nem das ruas.

Cientificamente, é comprovado que o racismo não tem nenhuma sustentação verificável. As raças não existem enquanto método classificatório, pois todos os homens estão sujeitos a diferenciações genéticas incapazes de determinar certas habilidades, valores, ou padrões de comportamento. Entretanto, muitas pessoas ainda insistem em denegrir determinados grupos por meio de concepções de natureza racista. Punir severamente o racismo, em todas as suas formas, cobrando uma postura rígida das autoridades, é asseverar que existe a igualdade. Trata-se de assegurar que as oportunidades são iguais e que elas não estão apenas nos papéis escritos.

Uma Resposta para “Atitudes racistas ainda são realidade”

  • MARCELO ALMEIDA:

    As pessoas que emitem qualquer sobra de racismo, são pessoas infelizes, e acima de tudo mau educadas, pois não conseguem diferenciar um puro de um impuro, dados científicos, demonstram que o negro puro, tem seu sangue mais próximo do então chamado sangue azul (puro) que nós brancos, miscigenados ou como queiram chamar “coloridos”.
    Tenho um filho que não trouxe consigo a minha cor, e sim a da mãe, e chamo ele o tempo todo de Negrão, Certa vez, minha mãe falou, não chame o bichinho de Negrão, então retruquei, Mãe….se eu que sou pai dele, que o amo, sempre o chamar assim, quando ele tiver grande, e alguém, por racismo ou inveja o chamar desta forma, pra ele pouco vai importar, pois a pessoa que o ama mais, o chama assim; Desta forma já preparo ele pra este tipo de coisa, e tenho certeza que pra ele isso vai passar a ser um Elogio.

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