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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

A Rio+20 e a discussão sobre sustentabilidade

A Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em junho no Rio de Janeiro, recebeu este nome como marco pelos vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Em 2012, o objetivo da Conferência foi a renovação do acordo político para a continuidade do projeto de desenvolvimento sustentável, avaliando os progressos atingidos e tratando de pontos frágeis.

Durante a conferência dois temas foram foco da discussão: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. O primeiro, traz a economia verde, que ainda não tem uma definição consensual, como alternativa para processos produtivos que contribuem com o desenvolvimento sustentável, pensando tanto nos aspectos sociais quanto ambientais.

E como não se pode falar de meio ambiente e desenvolvimento sem pensar na sociedade como um todo, o empenho na erradicação da pobreza será sempre tema de debate. Já o segundo foco, as discussões foram em busca de formas para melhorar o acompanhamento e a eficácia das atividades desenvolvidas para um desenvolvimento sustentável econômico, social e ambiental.

Em 1992, a Rio-92 foi o sinal que o Brasil precisava para o desenvolvimento da consciência ambiental. Na época, mais de 80% dos países do mundo discutiram medidas para a defesa do meio ambiente, resultando em cinco documentos de suma importância: a Declaração do Rio de Janeiro, com 27 princípios sobre o desenvolvimento sustentável; a Declaração de Princípios sobre Florestas; a Convenção sobre Biodiversidade, que disciplina a proteção das riquezas biológicas; a Convenção sobre o Clima, que trata de medidas de conservação atmosféricas, com uso de tecnologias limpas e diminuição da emissão de gás carbônico; e a Agenda 21, que nos dizeres de MILARÉ (2007, p. 90) é “a cartilha básica do desenvolvimento sustentável”, e mundialmente conhecida como um guia de cooperação internacional sobre os recursos ambientais e suas destinações para os países menos desenvolvidos.

De fato, o Brasil não é um especialista em preservação ambiental, tendo, ainda, muito a observar nos países desenvolvidos para que consiga congregar meio ambiente e desenvolvimento econômico. Tarefa esta imprescindível, já que possuímos a maior biodiversidade do planeta. A Rio+20 surge como uma oportunidade para reflexão sobre os padrões de desenvolvimento para o futuro, principalmente em um momento que o Brasil se destaca como uma economia com forte crescimento e capaz de gerar incremento econômico com inclusão social e proteção ao meio ambiente.

E mesmo diante de discussões de especialistas, o que fica claro é que a sociedade civil tem papel fundamental na busca pelo desenvolvimento, sem destruir o meio ambiente. É preciso, sem dúvidas, investir em projetos de transporte e energia limpos, além de ampliar a proteção ambiental, através de ações mais rígidas de combate aos crimes contra a natureza.

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