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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

A prioridade dos candidatos

As vésperas das eleições e com um quadro ainda não definido para o segundo turno presidencial, ainda há milhões de eleitores que estão sem voto definido. São estes eleitores, descrentes na política e sem confiança no discurso dos candidatos, que viraram o alvo dos presidenciáveis.

Na mais recente pesquisa eleitoral presidencial em 2014 realizada pelo Ibope encomendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, divulgada dia 30 de setembro, 7% dos eleitores declararam votar em branco ou nulo e outros 7% não souberam responder, totalizando 14% dos votos. Um número que pode mudar o rumo e o resultado final das eleições.

Mas, o que querem esses eleitores e como os candidatos podem conquistar esses votos? A resposta é fácil e compreensível: mudanças. Para esses eleitores não é uma questão de partidos ou ideologias. Para eles, a única certeza é sobre os problemas que precisam ser combatidos, seja por uma reeleição ou um novo presidente. Sucessivas pesquisas de opinião feitas nos últimos anos apontam a saúde, a segurança e a educação como as maiores prioridades do eleitor. Os candidatos que tiverem as melhores propostas nessas áreas, sem dúvidas, levarão os votos.

Quando voltamos aos protestos de 2013, que levantaram as bandeiras sobre o combate à corrupção e outros problemas, eles estão sendo pouco lembrados. Nos debates, os candidatos Dilma Rousseff, Marina da Silva e Aécio Neves pouco falam em seus programas de governo sobre mecanismos de prevenção e combate à corrupção. Já os temas como a independência do Banco Central, o casamento gay e a política externa, que estão sendo exaustivamente debatidos nas propagandas dos candidatos à Presidência, não estão entre as prioridades do eleitor.

Infelizmente, o que temos visto nos debates eleitorais não é a exibição de propostas, mas sim uma troca de farpas e ataques que em nada engrandece os programas ou esclarecem os eleitores. Na educação, os candidatos parecem pouco preocupados em formar alunos em condições de excelência, como é sonhado pela maioria da população.

Já no que se refere à saúde, há poucas propostas para solucionar os problemas. Na maior parte, apenas se fala da construção de novas unidades, sem pensar em modelos de gestão ou melhoria na distribuição de recursos.

Esta semana ainda acontecem vários debates. É preciso que os candidatos deixem de lado a postura arrogante, irônica e, por vezes, debochada com os concorrentes e respondam as perguntas pensando no povo. Queremos ver propostas contundentes e que não visem apenas o poder de ser um presidente da república, mas sim, a responsabilidade de trabalhar em pro de uma nação.

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