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Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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A democracia manchada pelo preconceito

Mais uma vez a política brasileira ganha o foco negativo nas manchetes dos jornais. Declarações polêmicas que incitam o preconceito homossexual e racial, vídeos pedindo senhas de cartões de banco dos fiéis e protestos na tentativa de uma possível renúncia. Essas são as notícias que envolvem o nome do Deputado Federal do PSC, Marco Feliciano.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, pastor da igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento e eleito pelo povo. Marco Feliciano publicou em seu twitter, que “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato” e completou escrevendo que “a maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas”.

Revolta, manifestações da população e atraso nos trabalhos de uma comissão que tem atribuições constitucionais e regimentais de receber, avaliar e investigar denúncias de violações de direitos humanos e que, assim como todas as outras comissões, tem papel importante para o país.

Em meio a tudo, ficou decidido que Marco Feliciano continua na presidência da Comissão, já que o mesmo foi eleito pelo voto democrático de mais de 200 mil eleitores e tem ficha limpa. Não podemos aqui esquecer que, no Brasil, se vive em uma democracia – ou pelo menos na formação de uma democracia, no melhor sentido da palavra. Somos um Estado Laico e temos garantido a liberdade de cultos e religiões, bem como a liberdade de expressão. Contudo, junto a isso se deve incluir a tolerância. Sem esta, não existe democracia.

É importante não confundir o político com o pastor. Contudo, se faz mais importante ainda que o próprio deputado saiba fazer esta diferenciação. Como deputado, ele se tornou uma pessoa pública e que deve medir palavras. Nesta situação, o desrespeito e a ignorância são as palavras que resumem o comportamento de um representante que foi eleito pelo povo para presidir uma comissão que trata exatamente dos Direitos Humanos.

As condições sub-humanas de vida que parte do povo africano vive não podem ser julgadas como castigo. Se pensarmos assim, todas as tragédias brasileiras decorrentes das chuvas ou da falta delas devem ser encaradas da mesma forma. O povo africano, e qualquer outro povo, são dignos de apoio e ajuda mundial.

Os comentários do deputado foram infelizes. Mas, para finalizar, vale ressaltar que a democracia propriamente dita, é, entre outras coisas, saber respeitar os que pensam diferente.

Uma Resposta para “A democracia manchada pelo preconceito”

  • carlo alberto:

    Os seres humanos teem suas complexidades naturais, a opção sexual é direito individual, que deve ser respeitado pela sociedade brasileira, ora se a lei garante esse direito, é cabivel punição, vamos vislumbrar o ser humano acima de qualquer coisa não é crime ser homosexual, portanto é preciso pensar bem antes dos prés julgamentos, cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é, deixem o ser humano ser feliz com suas escolhas devemos procurar elogiar as benecias efetivadas pelo cidadãos e cidadãs de bem seja ele quem for, do mesmo jeito se preconceitua e abomina-se aquele que não pertence a determinada religião isto sim é pecado, pensem melhor, nosso pais fica sendo alvo de chacotas a nivel mundial, devemos nos preocupar com outras coisas que emfeiam nossa nação como por exemplo o desvio de dinheiro publico pelos paralamentares que nos representam, deixando faltar o emprego,investimento na educação,agricultura e outras coisitas mas.

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