Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
Saiba mais.

Vale a pena

Histórico

Igualdade entre os sexos

“Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, a mais tardar até 2015”. Este é o terceiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), proposto pelo Programa das Nações Unidas, em 2000.

No Brasil, de acordo com o IBGE, as mulheres já são maioria da população, chegando a quase 52% do número total. Elas também passaram a viver mais, têm tido menos filhos, ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, atualmente, são responsáveis pelo sustento de mais de 37% das famílias.

As mulheres também obtêm destaque na escolaridade e o número de analfabetas teve redução. Ainda segundo o IBGE, adolescentes homens e mulheres com 15 anos ou mais de idade apresentavam taxas de analfabetismo próximas, mas a maior porcentagem era dos homens, com 9,8%, frente aos 9,1% entre as mulheres. Mas não podemos nos enganar. Se no Brasil, as mulheres estão ligeiramente à frente dos homens nesse sentido, isso não quer dizer que esse objetivo possa ser ignorado.

A desigualdade de gênero ainda existe e começa cedo, deixando as mulheres em desvantagem para o resto da vida. O incentivo para a participação feminina no mercado de trabalho e a representação política das mulheres também se tornaram metas que fazem parte dos ODM. No segundo caso, vale ressaltar que a média global de mulheres no parlamento ainda é de apenas 20%.

O Brasil está na 71ª posição no ranking de igualdade de gênero, divulgado pelo Fórum Mundial Econômico, atrás, inclusive, de outros países da América do Sul como a Argentina, que ocupa a 31ª posição. Estatísticas mostram que a desigualdade de gênero – da qual a diferença salarial também faz parte – tem diminuído na última década. Entretanto, em 2014, o índice ainda era de 60% quando se trata de participação econômica e oportunidades para mulheres. Isso significa que a diminuição tem sido lenta e irregular.

Segundo a previsão do Fórum, se continuarmos no ritmo atual, será preciso esperar até 2095 para que haja de fato uma igualdade de gêneros. No Reino Unido – que está na 26ª posição no ranking geral sobre desigualdade de gênero e na 48ª posição no ranking que mede a igualdade de salários entre homens e mulheres para o mesmo emprego – a mudança em uma geração poderia ser possível.

Curioso identificar que os países que garantem uma maior igualdade entre os sexos são Islândia, Finlândia, Noruega, Suécia e Dinamarca. Todos países nórdicos com altos níveis no setor de educação.

Só acabaremos com a desigualdade de gêneros quando o pensamento discriminatório de que o lugar dos homens é fora de casa, trabalhando pelo sustento da família e tomando grandes decisões, e que as mulheres devem ficar em casa, cuidando dos filhos e realizando trabalhos domésticos, acabar. Na sociedade atual, homens e mulheres são passíveis dos mesmos direitos, deveres e responsabilidades.

Deixe um comentário