Perfil

Nasceu em 21 de março de 1964, em uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Aos cinco anos, seus pais se mudam para Mato Grosso e, depois, para Rondônia.(...)
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Histórico

Estudar após os 60 anos

Para alguns, se tornou lugar comum falarmos da importância da educação na vida das pessoas. Muitos ainda se recusam a acreditar que, através dos estudos, podemos mudar como pessoas, mudar o país e mudar o rumo de nossas vidas. O aprendizado contínuo faz bem para a mente, o corpo e a alma.

Mas, o que a chamada “boa idade” tem a ver com isso? Infelizmente, muitos têm em mente que os idosos não têm que trabalhar ou estudar. Que devem apenas se preocupar em curtir a aposentadoria, os filhos e netos, se os tiver. No entanto, esquecem que é preciso envelhecer com sabedoria e mente ativa. E que envelhecer dessa forma, vai proporcionar muito mais anos de vida.

Em 2010, o IBGE contabilizou 19,28 milhões de brasileiros acima dos 60 anos. Em 2014, o número atingiu a marca de 26,3 milhões ou 13% da população. Aos 60 anos, pode-se ter uma vida social mais ativa e participativa na sociedade. Ainda é possível ter realização profissional e conhecer novas pessoas, ter oportunidade de novos relacionamentos.

Se antigamente estudar era caro e poucas pessoas tinham condições de chegar à universidade, hoje a realidade não é essa. Existem vários cursos de graduação, pós-graduação e cursos técnicos disponíveis em diversas áreas do saber, tudo depende da vontade e do interesse de cada um. Idade e experiência de vida não são empecilhos.

Neste ano, 15,5 mil idosos fizeram a inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). E esse número tem crescido anualmente – segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2013 foram 10,9 mil inscritos e em 2009, foram 4,7 mil.

Existem comprovações cientificas que estudar após os 60 anos previne doenças e melhora a depressão, já que a motivação ativa o sistema límbico do cérebro, região que está ligada às emoções e ao prazer. Quanto mais se aprende, maior o número de conexões neurais que se formam. Nosso cérebro aprende o tempo todo. Seja criança ou adulto, é claro que no início, vai existir uma dificuldade, considerada normal.

Não importa se a procura pelos estudos está relacionada à realização de uma vontade antiga de aprender a ler ou escrever, ou se há um sonho de cursar uma segunda graduação. O que, de fato, importa, é que a ato de continuar ou voltar a estudar está diretamente ligado à condição de ter uma vida melhor e que não há idade ou tempo para recomeçar.

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